Vicar pede investigação e se diz indignada com mensagens

A matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, em que comissários trocam mensagens pelo Whatsapp com piadas sobre pilotos e insinuações de que poderiam puni-los, foi tema da conversa de Maurício Slaviero com os fãs da Stock Car pelo Periscope nesta segunda-feira para falar das mudanças da categoria para 2016.

O diretor geral da Vicar, que promove e organiza a categoria, se mostrou incomodado com o que foi reportado. “Esta matéria nos deixou perplexos”, disse. “Estamos surpresos e indignados com o que foi revelado.”

“A notícia é preocupante. Temos certeza de que foi uma atitude isolada dessas duas pessoas que foram citadas, mas, por outro lado, estamos totalmente de acordo com o que citou o piloto Cacá Bueno na matéria, de que tudo tem de ser investigado e os culpados devem ser sumariamente banidos do automobilismo brasileiro se realmente fizeram algo de errado. Corroboro com a opinião do Cacá, é a minha opinião e é a opinião da Vicar, promotora do campeonato.”

No entanto, ele defende que o regulamento técnico da Stock Car é explícito sobre o que pode e não pode ser feito pelas equipes e comissários, o que faz com que uma punição proposital seja muito difícil de ocorrer.

“Temos convicção que é muito difícil ter tido qualquer interferência dos comissários em qualquer decisão técnica.”

“Até porque o regulamento técnico da categoria é muito amarrado, muito detalhado e é quase como uma ciência exata. Não existe nada subjetivo. A porta tem de ser essa, e não essa ou aquela. A altura tem de ser aquela, o peso tem de ser este. É tudo muito específico. Então não há nada que possa ser feito que não esteja lá detalhado.”

Por fim, Slaviero isentou a Vicar de qualquer decisão envolvendo punições e disse que a Confederação Brasileira de Automobilismo já afastou os comissários envolvidos no caso.

“A CBA já confirmou para mim que abriu um inquérito e vai fazer uma investigação muito detalhada para entender se realmente existiu alguma coisa errada e para punir os culpados”, falou.

“Eles não vão continuar atuando na categoria até que as investigações sejam concluídas para sabermos se são ou não culpados. No momento, eles estão afastados.”