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Fórmula 1 GP de Mônaco

10 anos: o dia que a Rascasse virou estacionamento

Jogo sujo de Michael Schumacher para conquistar pole vital em Mônaco frente a Fernando Alonso completa dez anos

Michael Schumacher pushed to Parc Fermé
Michael Schumacher
Michael Schumacher
Michael Schumacher celebrates
FIA press conference: Fernando Alonso and Michael Schumacher
Michael Schumacher gives a press announcement at 9.42pm
Michael Schumacher
Michael Schumacher
Juan Pablo Montoya, Fernando Alonso and David Coulthard

De macacão especial, pintado com tons de amarelo e laranja com algumas estrelas fazendo referência a seu capacete, Michael Schumacher chegou ao GP de Mônaco em 2006 precisando de uma vitória desesperadamente para recuperar a diferença de 14 pontos que tinha para o espanhol Fernando Alonso no mundial.

Com a aposentadoria batendo à porta, o alemão foi focado para a classificação no dia 27 de maio de 2006 para buscar o oitavo campeonato no fim daquele ano. Chegando ao Q3, o piloto teve a oportunidade perfeita de roubar a pole position de Fernando Alonso no principado.

Mais rápido no penúltimo stint de voltas rápidas, o alemão vinha tendo seu tempo batido pelo espanhol na última volta. Enquanto o relógio regressivo zerava, o piloto tomou uma das decisões mais polêmicas de sua carreira.

Schumacher deliberadamente fingiu uma perda o controle de sua Ferrari travando os pneus dianteiros e esterçando seu volante. Ele parou seu carro na saída da Rascasse de frente para o muro. Com a bandeira amarela, ninguém pôde melhorar seus tempos. O alemão até mesmo caprichou no teatro, fingindo estar enfurecido com um fiscal quando não teve seu pedido de empurrar seu carro para trás atendido.

Instantaneamente o paddock da categoria condenou a atitude de Schumacher. O piloto justificou que o carro havia saído de traseira, mas a câmera onboard deixava claro que o alemão havia ido reto deliberadamente.

Sua alegação não foi aceita, e Schumi foi punido. Sua então 66ª pole position foi retirada na noite de sábado.

O comissário da FIA, Joaquin Verdegay, ironizou a manobra: "ele realizou uma correção no volante absolutamente desnecessária e patética e que durou cinco metros, até que não houvesse mais chance de passar pela curva normalmente. Ele perdeu o controle do carro, enquanto ia a 16km/h. Isso é algo completamente injustificável".

Já o campeão de 1982, Keke Rosberg, disse após o incidente: "foi uma das coisas mais sujas e baratas que eu já vi na F1. Ele deveria deixar a F1 e ir para casa". Curiosamente, em 2014, o filho de Keke, Nico, se utilizou de uma manobra para muitos idêntica à de Schumacher na curva Mirabeau para impedir o companheiro Lewis Hamilton de melhorar seu tempo na última volta do Q3. Nico, porém, não foi punido pelo ocorrido.

Schumacher largou a corrida de último e finalizou em quinto lugar após uma estratégia agressiva. Alonso teve caminho livre para vencer.

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