Acidente de Bianchi é repeteco de batida de 20 anos atrás
No mesmo trecho da pista de Suzuka e também sob chuva, Brundle atropelou fiscal de pista em 1994
Logo nas voltas iniciais do GP do Japão de 1994, vários carros vinham tendo dificuldade em se manter na pista devido à chuva até que Gianni Morbidelli, da Footwork, bateu violentamente na curva Degner, mesmo local do acidente que acabou encerrando a prova japonesa antes do previsto neste domingo.
[publicidade] Mesmo que os fiscais estivessem na pista para retirar o carro do italiano, a corrida continuou normalmente, apenas com a bandeira amarela sendo acionada no local – exatamente o mesmo processo adotado atualmente.
Porém, devido às condições complicadas de pista, Martin Brundle, da McLaren, também perdeu seu carro e acabou atingindo em cheio um dos fiscais, que sofreu uma séria fratura na perna.
“Eu vi esse pequeno trator vindo na minha direção com o canto do olho e pensei: ‘vou morrer’”, relembrou Brundle. “De alguma maneira não o acertei e daí vi o fiscal. Bati nele. Vi seu rosto passando na frente do meu cockpit e então o carro continuou rodando. Quando finalmente parei, corri para ver como ele estava e o osso de sua perna estava saindo pelo macacão. Senti-me muito mal. Daí me chamaram para explicar por que eu tinha ignorado as bandeiras amarelas. Fiquei muito irritado porque, nestas condições, você nem vê as rodas dianteiras.”
Apenas após o segundo acidente, a bandeira vermelha foi acionada.
Neste domingo, a história foi parecida. Também com a pista molhada, primeiramente Adrian Sutil escapou. Os fiscais entrando na pista sob bandeira amarela localizada e Jules Bianchi perdeu o controle de sua Marussia. Contudo, o temor de Brundle ao escapar e ver o trator na pista acabou acontecendo com Jules Bianchi, que acertou o carro e sofreu lesões sérias na cabeça, no acidente mais grave da Fórmula 1 desde a Felipe Massa no GP da Hungria de 2009.
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