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Fórmula 1 GP da Austrália

Alonso: “Gostaria de ser o primeiro e que todos me seguissem”

Mesmo reconhecendo não saber onde Ferrari está em relação aos rivais, espanhol acredita no poder de reação da equipe

Alonso confia no poder de reação da Ferrari

Fernando Alonso reconheceu que não sabe onde a Ferrari está em relação aos rivais, mas salientou que, já que a equipe italiana optou por um projeto completamente novo para 2012, tem motivos para acreditar que é possível evoluir mais.

O piloto espanhol, que estreou seu twitter (alo_oficial) nesta semana, foi perguntado pelo TotalRace se a iniciativa visaria falar com o público sem intermediários e, com isso, talvez mudar sua imagem. “Havia uma certa tendência a falarem de mim. Agora pelo menos eu falo de mim”, reconheceu. E, quando lhe foi pedida uma analogia entre o twitter e a pista, não teve dúvidas: “gostaria de ser o primeiro e que todos me seguissem.”

Falando sobre a Ferrari, Alonso demonstrou incerteza a respeito do real rendimento da equipe, cujos resultados ficaram aquém do esperado na pré-temporada. Questionado se um pódio poderia ser visto como um êxito na primeira etapa, o espanhol suspirou. “Veremos. Depende das circunstâncias... não sei dizer. Não sei como estamos realmente.”

Alonso destacou, no entanto, que a capacidade de reação da Ferrari é maior que no ano passado, quando a Scuderia também começou bem atrás da Red Bull.

“Há dois fatores muito diferentes em relação ao ano passado. Primeiro, começamos muito atrás da Red Bull, levando 1s4 na classificação, o que era uma diferença muito grande para tirar no decorrer do ano. E segundo, o carro era uma continuação de 2010 e não havia muitas ideias novas neste carro porque tudo já estava bastante explorado. Agora, temos a incógnita das distâncias entre as equipes e, ao termos um carro tão novo, temos a ‘vantagem’ de poder evoluir mais porque há ideias novas e não está tudo tão otimizado.”

O bicampeão negou que exista uma sensação de pessimismo dentro da equipe.

“Não dá para saber quem estará rápido e quem não estará antes que chegue a classificação na Austrália ou talvez na Malásia, que talvez seja um circuito mais normal. Felipe disse que vamos fazer pódio. Eu digo que temos de esperar, que o campeonato se decide no final e que dará tudo certo, Pat Fry diz que o carro tem potencial e Stefano também falou que o importante é ganhar o campeonato, como a Itália em não sei qual ano. Todas mensagens positivas, não só a minha.”

Alonso destacou que, embora não tenha conquistado títulos desde o Mundial de Construtores de 2008, a Ferrari tem obtido resultados importantes nos últimos anos.

“Deve-se acreditar na Ferrari por sua história, por seu potencial, e por seu passado recente. Em 2010, tínhamos um carro a 8, 9 décimos da Red Bull e disputamos o título até o final. Ano passado, estávamos 1s5 atrás de um dos carros mais dominadores de todos os tempos e éramos vice até o Japão. Em 2009, quando houve problemas para sair da Q1, Kimi conseguiu ganhar um GP. São coisas que só a Ferrari pode fazer. Ou você acredita na Ferrari, ou não acredita em ninguém.”

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