Análise

ANÁLISE: Adoção de corridas sprint na F1 divide fãs; conheça prós e contras

Proposta da introdução de corridas de curta duração aos sábados dividem fãs da categoria

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 EQ Performance, Valtteri Bottas, Mercedes F1 W11 EQ Performance, Max Verstappen, Red Bull Racing RB16, Lance Stroll, Racing Point RP20, Sergio Perez, Racing Point RP20, the rest of the field at the start

A proposta de introduzir o modelo de corridas sprint (provas de menor duração aos sábados) na Fórmula 1 foi discutida na última semana pela categoria, com a presença das equipes, da FIA e da Liberty Media. Mas a proposta, apesar de ter sido bem recebida na Comissão, vem dividindo a opinião dos torcedores.

A discussão é espinhosa, porque coloca de um lado fãs que preferem o modelo atual pela tradição e, de outro, aqueles que acham que o novo formato pode animar a categoria.

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Ao longo de seus 70 anos, a F1 se deparou muitas vezes com discussões que dividiam opiniões por tocar em seu 'DNA'. Sendo uma categoria muito voltada para a tecnologia, capaz de experimentar soluções de ponta, a F1 deve virar a página ou se manter apegada às tradições?

Desta vez, porém, a mudança em questão não está ligada aos aspectos tecnológicos, mas ao seu formato de corrida, os treinos classificatórios para um GP, uma característica presente desde 1950.

São vários os aspectos que precisam ser destacados para podermos analisar o modelo das corridas sprint da melhor maneira possível, uma proposta que tem sido impulsionada dentro da F1 através de seu diretor esportivo, Ross Brawn.

A primeira é que a proposta precisa ser votada oficialmente antes de entrar em vigor, e, para ser aprovada, são necessários 26 dos 30 representantes da Comissão. O segundo aspecto é que, mesmo aprovado, seria ainda para um teste em três GPs ao longo de 2021, Canadá, Itália e Brasil.

A Liberty Media vem manifestando a vontade de testar algumas ideias no formato do final de semana e espera poder fazê-lo em um ano sem grandes inovações técnicas, por isso a opção por 2021 em vez de 2022.

As avaliações de 2021 devem determinar uma possível confirmação do novo formato para 2022. Mas, mesmo nesse contexto, a F1 ainda considera não adotar as corridas sprint em todo o calendário. Segundo informações de bastidores, o objetivo seria de colocar em até seis GPs.

Nestes eventos, obviamente, a pontuação seria diferente, já que a previsão é que as corridas sprint sejam válidas para o campeonato. Esse aspecto é um dos mais controversos com relação ao teste de 2021. Seriam distribuídos metade dos pontos dados em GP, do primeiro ao oitavo colocado, com o vencedor recebendo 12,5 pontos.

Isso não é algo novo no automobilismo. Categorias júniores como as Fórmulas 2 e 3 já adotam esse modelo há anos, enquanto outros mundiais, como o de Endurance (WEC), possuem provas de formatos distintos, atribuindo pontuações diferentes em cada um.

De modo geral, os lados pró e contra colocam em discussão argumentos que sustentam suas teses, sendo muitos deles argumentos concretos, resumidos na tabela abaixo:

Pró

Contra

- Aumento geral do show para os fãs;

- Incentiva uma maior presença do público na pista na sexta e sábado;

- Maior possibilidade de resultados inesperados e surpreendentes;

- Maior acesso ao pódio para equipes menores;

- Maior visibilidade para patrocinadores;

- Aumento potencial na participação da televisão;

- Aumento das cotas econômicas para as equipes.

- Redução da importância das qualificações;

- Romper com a tradição e história da F1 iniciada em 1950;

- Redução de treinos livres;

- Dificultaria para as equipes colocarem jovens pilotos para disputarem TL1;

- Perda da exclusividade de 'vitória' em um final de semana;

- Potencial problema para as equipes com mais quilometragem para percorrer sem aumento do número de motores

- Aumento dos custos para as equipes relacionados à quilometragem e potenciais acidentes.

De acordo com informações de bastidores, os votos estão pendendo a favor das corridas de sprint, o que significa que os testes em 2021 eventualmente deverão ser aprovados.

Devido ao grande número de prós e contras, a pista segue sendo o local mais confiável para um julgamento, para depois as equipes analisarem os dados concretos. Em uma F1 cada vez mais acostumada às simulações virtuais, desta vez o teste real parece ser a melhor solução para avaliar uma decisão a longo prazo.

Um compromisso que parece satisfazer quem espera a mudança, sem alarmar muito quem teme uma F1 pronta para seguir a qualquer custo o caminho do espetáculo em detrimento do esporte.

Mas é bom tomar cuidado com as surpresas, porque nas mesas de negociação onde se sentam os chefes das equipes, todas as escolhas são motivadas por interesses partidários, com uma pequena (senão inexistente) visão do todo.

E se cinco equipes confirmarem sua oposição, pela terceira vez (depois de 2015 e 2020), a proposta de mudar o formato de um fim de semana ficará apenas no papel.

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