ANÁLISE F1: O que dizem os dados sobre chances de Verstappen, Russell e McLaren no Canadá
Primeira fila do grid em Montreal é particularmente interessante e Motorsport.com traz análise das estatísticas


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George Russell e Max Verstappen dividindo a primeira fila do grid para o GP do Canadá de Fórmula 1, parece familiar. De fato, no ano passado, a posição de largada foi exatamente a mesma, também com o piloto da Mercedes na pole position e o holandês ao lado. Uma diferença em relação à 2024, no entanto, é que desta vez eles não registraram exatamente o mesmo tempo de volta. Russell se mostrou mais de um décimo e meio mais rápido que Verstappen em 2025, e uma olhada nos dados do GPS revelou coisas interessantes.
Comparação das voltas de classificação
De fato, até a curva 8, os tempos de volta dos dois foram, mais uma vez, quase idênticos, com Verstappen até um pouco abaixo. Russell então freou um pouco mais tarde para a chicane e, assim, conseguiu ganhar mais de um décimo na curva 10 (o hairpin). Mais uma vez, o britânico freou um pouco mais tarde do que Verstappen, que, na maioria das voltas, adotou uma linha ligeiramente diferente da de muitos adversários no hairpin. Isso deu ao tetracampeão uma saída um pouco melhor, o que lhe permitiu reduzir a margem de um décimo e meio para cerca de um décimo no final da longa reta, embora Russell novamente estivesse um pouco à frente na chicane final, desfrutando de uma margem de 0,160 segundo na linha.

Foto door: F1-Tempo

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O mais interessante é o que os testes de corrida da sexta-feira dizem sobre o domingo. A primeira variável, é claro, é que os dois passem ilesos pela volta de abertura, com os pontos de penalidade na superlicença de Verstappen ainda sendo o principal ponto de discussão. No entanto, ele mesmo não quis falar disso: "Não preciso mais ouvir isso, me irrita muito. Quero dizer, na quinta-feira vocês já começaram a falar sobre isso e hoje novamente. É uma grande perda de tempo, muito infantil.... É por isso que eu não falo muito, porque é tudo muito irritante. Mas, de qualquer forma, este é o mundo em que vivemos", desabafou durante a coletiva de imprensa pós-classificação.
Russell brincou dizendo que tem menos pontos de penalidade na licença do que Verstappen para usar, mas disse na mesma coletiva de imprensa - assim como Oscar Piastri - que isso não mudará a abordagem imediata. Aliás, o britânico deixou claro que não abriria mão da liderança sem lutar: "Nós dois queremos vencer e não estamos realmente na briga pelo campeonato no momento. Não ganhei nenhuma corrida este ano e estou muito interessado em mudar isso. O tempo dirá".
Stints longos: pequenas diferenças entre McLaren, Verstappen e Mercedes
Assumindo que tanto Russell quanto Verstappen passem pelas voltas iniciais sem incidentes, a corrida pode se tornar uma disputa direta baseada no ritmo de corrida. Sob essa perspectiva, o grid de domingo também é bastante interessante. Lando Norris mostrou o melhor ritmo em stints longos na sexta-feira, mas depois de uma sessão de classificação decepcionante, ele largará da 7ª posição e terá trabalho, especialmente em comparação com o companheiro de equipe e principal rival no campeonato.
Piastri foi ligeiramente mais rápido nos stints longos do que os pilotos à frente no grid, embora as diferenças tenham sido modestas em comparação com a maioria das sextas-feiras deste ano. Verstappen, por exemplo, perdeu menos de dois décimos por volta em relação à dupla da McLaren. Também vale destacar: a degradação dos pneus – ou seja, o tempo perdido por volta devido ao desgaste – foi menor do que a das McLarens na sexta-feira. Isso pode ser um fator importante ao longo de um stint completo, como aconteceu em Ímola.
Atrás de Verstappen, os dados de stints longos da PACETEQ também mostraram margens apertadas. O atual campeão mundial perdeu, em média, 0,18 segundos por volta para Norris, enquanto Russell perdeu 0,24 segundos com a Mercedes. Isso significa que os carros mais rápidos (McLarens) estão um pouco mais atrás no grid, mas também que os tempos de volta da sexta-feira foram mais próximos do que normalmente vimos em 2025.
Dito isso, Russell destacou uma variável importante para a corrida: o clima, especialmente a temperatura. “Tivemos um bom ritmo de corrida na sexta, mas isso depende da temperatura. Nos treinos, estava cinco graus mais frio do que hoje e o carro estava facilmente na janela ideal. Amanhã, pode facilmente ir para o outro lado durante a corrida. Se o sol aparecer — a corrida é às 14h, e a classificação foi às 16h — isso faz bastante diferença.”
O piloto da Mercedes acrescentou: "Também não sabemos ainda se será uma parada única ou duas, então certamente não será simples". Mario Isola, em nome da Pirelli, revela que, embora uma parada dupla deva ser essencialmente 10 segundos mais rápida, uma parada única ainda é teoricamente possível. Essa última está intimamente ligada à importância da posição na pista, portanto, a estratégia (idealmente, até mesmo estratégias divergentes) poderia ser uma variável adicional.
No pelotão intermediário, Alexander Albon e a Sauber se destacaram na sexta-feira com desempenhos fortes em stints longos. A equipe de Hinwil já havia surpreendido no GP da Espanha, o que acabou resultando em um quinto lugar para Nico Hülkenberg. Os tempos de stint longo de Yuki Tsunoda, por outro lado, não inspiraram muita confiança para uma corrida de recuperação, embora valha destacar que ele estava usando uma especificação mais antiga na sexta-feira.
A Red Bull não quis correr o risco de perder peças novas em mais um acidente, então Tsunoda só recebeu a atualização no sábado. O piloto japonês chamou a melhoria de “tempo de volta grátis”, embora isso não leve em conta a pesada penalidade no grid — o que significa que o GP do Canadá promete ser mais uma corrida difícil para ele.
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