Análise

Análise: motores da Indy podem ser a salvação da Fórmula 1?

David Malsher, do Motorsport USA, comenta a nova polémica envolvendo as duas categorias

Chevrolet engine for Tony Kanaan, KV Racing Technology Chevrolet
Motor
Pastor Maldonado, Lotus F1 E21; sai da corrida com um motor fundido
Treino largada
Detalhes da nova unidade de potência da Mercedes AMG F1 W06
Ferrari SF15-T detalhe do motor
Tampa do motor Mercedes AMG F1 W06
2015 Renault Energy F1 motor
Unidade de potência da Mercedes AMG F1 W06
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11 abandona a prova após explosão do motor
Fernando Alonso, McLaren MP4-30 - detalhe suspensão e tampa do motor
Largada

Com a Red Bull enfrentando dificuldades para conseguir um motor potente, enquanto Renault e Honda ainda lutam para evoluir, a Fórmula 1 discute a necessidade de ter mais fornecedores de propulsores.

E a IndyCar pode ser a salvação? Superficialmente, a resposta é ‘sim’. Os motores da categoria são turbo de 2,2 litros com potência de 700 cavalos e projetados para durar 2.500 milhas – e o valor do motor por carro durante a temporada custa em torno de US$ 700 mil.

O valor e as especificações poderiam ser perfeitas para as escuderias com baixo orçamento. No entanto, os motores produzidos na Indy por Honda e Ilmor (Chevrolet) não são provavelmente compatíveis com o sistema Sistema de Recuperação de Energia usado na F1.

“Não sei o bastante sobre o sistema ERS da F1, mas certamente não são como Lego que você pode conectar uma peça a outra!”, disse Chris Berube, gerente do programa da Chevrolet Racing.

“Há necessidade de muita integração com o projeto original, portanto a ideia de uma F1 de baixo custo ser ‘intercambiável” com a Indy Car parece ser muito rebuscado.”

Mesmo que os motores fiquem disponíveis – sem conexão com o ERS – a F1 teria novamente uma divisão de dois sistemas em um mesmo grid como nos anos 1980 (quando haviam os aspirados e turbos lado a lado). A ideia parece não provocar qualquer interesse por parte de Chevrolet e Honda.

No caso da marca japonesa, é inconcebível que a fábrica na Califórnia forneça propulsores que possam superar os motores produzidos pela matriz japonesa para a McLaren, o que poderia acontecer tanto em confiabilidade como talvez em performance nas retas longas. Além de ser uma política de marketing completamente confusa.

Por sua vez, a marca Chevrolet está desaparecendo na Europa, exceto pelos modelos GTs Corvette e Camaro. Usar um motor turbo V6 (com Kers ou não) para promover os seus carros V8 também iria requerer um marketing de equilibristas. Parece improvável que alguma montadora aceite fornecer um motor que será batido facilmente por Mercedes ou Ferrari.

“Apenas porque de repente há uma especulação que a F1 possa usar um motor de baixo orçamento a partir de 2017 não significa que os motores da Indy sejam compatíveis nem que a General Motors esteja interessada. Se quiséssemos estrar na F1, já poderíamos estar nela...”

Na última sexta-feira, Kevin Kalkhovem sócio da Cosworth (sonho de Bernie Ecclestone), confirmou ao Motorsport.com ter sido procurado pelos chefes da F1, mas ressaltou que um projeto para retornar à categoria necessita do subsídio de uma montadora. 

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