Análise

Análise: mudança na Red Bull não foi por erro em Sochi

Jonathan Noble, editor de F1 do Motorsport.com, explica o que levou a equipe austríaca a realizar troca no meio da temporada

Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB12 crashes into Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H at the start
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Daniil Kvyat, Red Bull Racing
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB12 leads team mate Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB12
Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB12 crashes into Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H at the start

Assim que a notícia da troca entre Daniil Kvyat e Max Verstappen veio à tona na manhã desta quinta-feira, muitos fãs e pilotos questionaram a decisão da Red Bull, se baseando apenas na prova de Sochi, no último domingo. 

Jenson Button chegou a escrever no Twitter sobre sua surpresa ao ver que o piloto que havia conseguido pódio no GP da China era o mesmo que estava sendo rebaixado.

 

Mesmo sendo uma decisão áspera, a realidade é que Helmut Marko, consultor da Red Bull,  já vinha pensando nela muito antes do desastre de Sochi.

Melhorar, mesmo estando bom

Kvyat chegou no lugar de Sebastian Vettel em 2015, e mesmo com alguns percalços de sua equipe com a Renault, algumas vezes ele mais do que justificou a sua continuidade para 2016.

Mas com a rápida ascensão de Max Verstappen e Carlos Sainz Jr. na mesma campanha ficou claro de que neste ano, o russo teria que ser superior. Marko chegou a declarar antes do campeonato em entrevista ao site da F1 que "quem não trouxer resultados, iria embora."

Fator Verstappen

Independentemente do que Kvyat estava fazendo, a Red Bull vinha enfrentando pressão extra a partir da contínua  melhora na carreira de Verstappen.

O talento do holandês era evidente desde que pisou em um carro de corrida e, embora tenha havido momentos de adversos (como em Mônaco em 2015 e Austrália 2016), ninguém tinha qualquer dúvida de que Verstappen seria promovido em 2017.

Na verdade, desde que Verstappen chegou à F1, sugere-se que seu contrato foi bastante claro: o terceiro e último ano de seu acordo com a Red Bull teria que ser na equipe principal ou ele poderia ser um agente livre.

Com potenciais lugares disponíveis no Mercedes e na Ferrari para o próximo ano, a possibilidade dos rivais buscarem o piloto era algo que precisava ser combatida.

Mano-a-mano com Ricciardo

Um ponto a favor de Kvyat, mas insuficiente para a decisão, é que desde quando se tornou companheiro de equipe em 2015 de Daniel Ricciardo, ambos tiveram resultados semelhantes, mesmo em provas em que o australiano saísse à frente.

Aqui está a comparação ao longo das 23 corridas que foram companheiros de equipe.

Daniel Ricciardo

 

Daniil Kvyat

0

Vitórias

0

2

Pódios

2

4

Voltas mais rápidas

0

128

Pontos

116

16

Duelo na classificação

7

10

Duelo nas corridas

11

 

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