Análise técnica: artimanhas por trás do duto-S da Mercedes
Giorgio Piola e Matt Somerfield falam sobre tudo o que está por trás do duto-S interno da Mercedes
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
O duto-S da Mercedes já foi analisado por nós em várias ocasiões no período que antecedeu a temporada de 2016. No entanto, mais detalhes sobre o seu funcionamento interno podem ser revelados após o GP da Austrália.
A primeira vez que se tornou evidente que um duto-S poderia estar na agenda para 2016, foi quando a Mercedes testou uma solução provisória no GP do Brasil na última temporada.
O teste foi concluído durante os treinos livres e feito em combinação com um layout de suspensão diferente, que exigiu uma ampla revisão da caixa de pedais e reservatórios dos freios. Isso levou o time a perder uma grande quantidade de tempo voltando para sua configuração padrão durante o resto do fim de semana.
O duto-S testado no Brasil foi um bom sinal para a equipe, o que os ajudou a entender o conceito para trabalhar em 2016. A medida estava longe de estar refinada.
O estilo da Mercedes de duto-S é uma revelação, já que os regulamentos estabelecem que não podem haver furos - exceto para o resfriamento dos pilotos - 150mm na frente do eixo da roda dianteira no bico.
Para isso, um truque geometricamente inteligente, semelhante ao usado pela Force India com seu bico de “narinas”, é usado para vencer a regra da seção única. O que significa que, uma tomada de ar pode estar em qualquer ponto do conjunto sem que haja discernimento.
A meta de burlar os regulamentos desta forma significa que os designers têm tido preocupação na direção do fluxo de ar em um ponto onde pode se tornar turbulento para ajudar outras estruturas aerodinâmicas.
Isso também melhora a forma como o fluxo de ar se move através dos dutos, abaixo do bico e pela superfície do chassi.
Isso coloca o duto-S da Mercedes mais perto de uma solução como a usada no F2008 da Ferrari do que a adotada pelas equipes após as mudanças de regra em 2009.
O fluxo de ar recolhido pelas duas entradas debaixo do bico passa através do tubo, que é dividido em dois, permitindo que a geometria burle a regra de um bico totalmente unido.
O painel que cobre, além do duto-S, os elementos de suspensão, apresenta dois furos formados para permitir a passagem do fluxo de ar para a saída mais atrás, colocando assim o fluxo de ar de uma forma inconsistente de volta para a superfície do chassi, melhorando assim o desempenho.
A Toro Rosso está empregando uma tática semelhante com o seu bico, que também dispõe de entradas na zona de exclusão.
No entanto, ela optou por quatro entradas. As duas menores lidam com a refrigeração do piloto e dos componentes eletrônicos, enquanto as entradas maiores passam o fluxo de ar através de dutos no interior do bico e o jogam para fora na superfície do carro.
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