Análise técnica: como times aproveitaram ideia da Toro Rosso

Tendências são parte importante do ciclo de desenvolvimento aerodinâmico dentro da Fórmula 1 e indicam o quanto o conceito inicial é bom

McLaren MP4/31 rear wing, Malaysian GP

McLaren MP4/31 rear wing, Malaysian GP

Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

A Toro Rosso lançou, no início da temporada 2016, o conceito de pequenas aberturas nas extremidades superiores das laterais da asa traseira. O time de Faenza possui um orçamento relativamente saudável se comparado aos demais no meio do pelotão, mas nada que o permita disputar as primeiras posições em condições normais.

No entanto, a equipe frequentemente é vista pensando 'fora da caixa', algo que o time técnico de James Key tem feito com frequência nos últimos ano, com tais ideias sendo aproveitadas por outras equipes - à frente e atrás no grid.

Toro Rosso STR11 rear wing and monkey seat
Asa traseira e monkey seat do STR11

Foto: Giorgio Piola

As aberturas nas laterais superiores da asa traseira foram utilizadas tanto na versão para alta pressão aerodinâmica (imagem principal acima) quanto na versão de baixa pressão (detalhe à esquerda).

O conceito foi até utilizado no monkey seat do STR11 (detalhe à direita), com as aberturas ajudando a dispersar o fluxo de ar para as laterais, aperfeiçoando a eficiência como um todo e moldando o ar que sai do escapamento.

Sauber C35 and Mercedes W07 opened rear wing endplates
Aberturas nas asas traseiras do W07 e do C35

Foto: Giorgio Piola

Equipes como a Sauber, Mercedes e agora a McLaren acompanharam a tendência e desenvolveram as próprias versões do conceito inicialmente apresentado pela Toro Rosso.

Além disso, a ideia poderá ser aproveitada na próxima temporada, quando o regulamento técnico prevê asas traseiras mais largas - o que significa que não foi uma perda de tempo pensar e desenvolver a ideia. Outra vantagem é que estes times já têm uma noção do que o conceito apresenta em termos de desempenho, alo que as rivais ainda não sabem.

McLaren MP4/31 rear wing, Malaysian GP
Asa traseira do MP4/31 para o GP da Malásia

Foto: Giorgio Piola

Tendo levado mais tempo estudando o conceito, a McLaren levou a ideia a um novo nível, sendo mais agressiva no design do que as rivais, estendendo completamente as aberturas até a base e o flap superior da asa traseira, buscando reduzir o arrasto gerado pelo aumento de dowforce na configuração de mais pressão aerodinâmica.

Para ter tal comprimento nas aberturas, a equipe instalou pequenos suportes um pouco atrás das pontas. Outro detalhe implementado pela McLaren foi o modo como o suporte inferior se separa da lateral, com a parte de baixo apresentando uma curvatura na separação.

Mercedes front wing, endplate gap, Malaysian GP
Detalhe da asa dianteira do W07 no GP da Malásia

Foto: Giorgio Piola

A Mercedes foi mais além no conceito, testando-o em uma asa dianteira experimentada no GP da Malásia, pensando em uma possível implementação da ideia no restante de 2016 e em 2017, como explicado aqui.

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