Atual geração da F-1 já é recordista de pódios na história
Quinteto formado por Alonso, Hamilton, Button, Vettel e Webber não desgruda do champagne há nada menos que 17 GPs
Quinteto formado por Vettel, Webber, Button, Hamilton e Alonso já tem a maior sequência de pódios da história da F1 e a segunda maior série de vitórias. Eles terão adversários em 2012?
Se você é um piloto de F1, mas seu nome não é Sebastian, Mark, Jenson, Lewis ou Fernando é bem capaz que já nem se lembre mais do gostinho de beber champagne no degrau mais alto do pódio – e provavelmente nem nos degraus mais baixos. Afinal, já são 42 vitórias consecutivas deste quinteto e 17 GPs seguidos em que apenas Fernando Alonso e os pilotos de Red Bull e McLaren conquistam um lugar no pódio. É a maior sequência de pódios monopolizados por apenas cinco pilotos nos 62 anos de história da F1. E com folga.
Até então, a maior série de pódios de um quinteto, havia ocorrido em 1998, quando Mika Hakkinen, Michael Schumacher, David Coulthard, Eddie Irvine e Giancarlo Fisichella revezaram os degraus do pódio por nove GPS consecutivos, entre os GPs do Brasil e da Áustria – apenas metade da quantidade, portanto, que já poderá ser atingida neste domingo em Melbourne, caso três deles subam ao pódio na primeira etapa da temporada de 2012. Outras sequências relativamente grandes, mas bem menores que a atual, foram atingidas por diferentes quintetos em 1996 (seis GPs, com Damon Hill, Jacques Villeneuve, Jean Alesi, Michael Schumacher e Mika Hakkinen) e em 2004 (sete GPs, com Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Kimi Raikkonen, Jenson Button e Fernando Alonso).
O domínio de Vettel, Button, Hamilton, Webber e Alonso no atual cenário da Fórmula 1 começou em 2009, se intensificou em 2010 e se fez ainda mais massacrante em 2011. Eles só não conquistaram todos os lugares no pódio durante a última temporada porque a Renault conseguiu surpreender nas duas primeiras etapas e obteve dois terceiros lugares, um com Vitaly Petrov e outro com Nick Heidfeld. E mesmo com esses dois resultados um tanto imprevisíveis do ex-time de Bruno Senna, a temporada de 2011 figura ao lado das temporadas de 1992 (domínio da Williams de Mansell e Patrese) e de 2002 (domínio da Ferrari de Schumacher e Barrichello) como a que premiou menos pilotos nas cerimônias após as corridas – apenas sete premiados durante o ano todo. A diferença é que tanto em 1992, como em 2002, o quinteto dominante foi um pouco mais generoso com os de fora do grupo. Em 1992, foram 48 possibilidades de subir ao pódio durante as 16 etapas e Nigel Mansell, Ricardo Patrese, Michael Schumacher, Ayrton Senna e Gerhard Berger ficaram com 41 delas (85,4%), liberando 14,6% dos troféus para o resto do grid. Domínio um pouco menor do que o exercido pelo quinteto dominante de 2002, quando os irmãos Schumacher, mais Rubens Barrichello, JP Montoya e David Coulthard abocanharam 46 dos 51 lugares nas cerimônias de premiação da temporada (90,2%).
Já no ano passado, Vettel, Button, Hamilton, Webber e Alonso se mostraram bem mais “fominhas” e garantiram 55 dos 57 troféus distribuídos nos pódios das 19 etapas da temporada. Ou seja, o quinteto conquistou nada menos do que 96,5% dos lugares no pódio durante o ano, algo inédito na história da Fórmula 1 até então. Além disso, tanto em 92 como em 2002 (e até mesmo 2007 e 2000, outros anos com pouca distribuição de pódios), pelo menos um piloto estranho ao grupo dominante conseguiu ao menos um segundo lugar no ano, enquanto em 2011, os únicos lugares cedidos pelo quinteto foram dois terceiros.
Em relação às vitórias, os números conquistados pelo quinteto também são imponentes. Desde o inicio da temporada de 2009, são 52 vitórias em 55 corridas. Apenas Rubens Barrichello de Brawn (duas vezes) e Kimi Raikkonen, então na Ferrari, se intrometeram na série de conquistas desse grupo.
Desde a última vitória de Barrichello, em setembro de 2009 (Monza), já são 42 vitórias seguidas conquistadas por um dos cinco. A sequência já é a segunda maior da história, perdendo apenas para a conseguida por Nelson Piquet, Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell e Gerhard Berger entre o GP do Brasil de 1986 e o GP dos EUA de 1989, quando estes cinco revezaram o primeiro lugar por 53 corridas consecutivas. Curiosamente, tanto o último vencedor “forasteiro”, Rubens Barrichello, quanto o último de fora deste grupo a conquistar um pódio, Nick Heidfeld, não estarão no grid em 2012. E nem suas equipes, já que a Brawn foi comprada pela Mercedes e a Renault virou Lotus.
As maiores séries da história:
Pódios completos consecutivos:
1) 17: Vettel, Button, Alonso, Webber e Hamilton (desde China/2011 - ) 2) 09: Hakkinen, M. Schumacher, Coulthard, Irvine e Fisichella (Brasil/98 a Áustria/98) 3) 07: M. Schumacher, Barrichello, Raikkonen, Button e Alonso (França/2004 a China/2004) 4) 06: D. Hill, J. Villeneuve, Alesi, M. Schumacher e Hakkinen (Alemanha/96 a Japão/96)
Lugares no pódio de um só quinteto em uma temporada:
1) 2011 - 96,5% (55 de 57 – Vettel, Button, Alonso, Webber e Hamilton)
2) 2007 - 94,1% (48 de 51 – Raikkonen, Hamilton, Alonso, Massa e Heidfeld)
3) 2002 - 90,2% (46 de 51 - M. Schumacher, Barrichello, Montoya, R. Schumacher e Coulthard) e
2000 – 90, 2% (46 de 51 - M. Schumacher, Hakkinen, Coulthard, Barrichello e Fisichella)
4) 1992 - 85,4% (41/48 - Mansell, Patrese, M. Schumacher, A. Senna e Berger)
Vitórias consecutivas de um quinteto:
1) 53 GPs: N. Piquet, A. Senna, Prost, Mansell e Berger (Brasil/1986 a EUA/1989)
2) 42 GPs: Hamilton, Vettel, Webber, Alonso e Button (desde Cingapura/2009)
3) 34 Gps: Clark, Gurney, G. Hill, Surtees e Bandini (Bélgica/1962 a Alemanha/1965)
4) 33 Gps: Schumacher, Montoya, Fisichella, Alonso e Raikkonen (Japão/2004 a Alemanha/2006)
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