Em entrevista ao TotalRace, o piloto Lucas di Grassi comentou sobre sua nova função de piloto de testes da Pirelli, que ainda está em fase de avaliação e não é definitiva para o resto do ano.
O cargo, mais cobiçado da F-1 após o de titular de uma equipe foi conquistado pelo talento do brasileiro, que não seguiu no grid da categoria por conta de problemas financeiros (Lucas perdeu a vaga na equipe Virgin para o belga Jerome D'Ambrosio, que levou patrocínios pessoais). Por enquanto, serão algumas sessões de testes, e, após elas, Di Grassi pode ser consolidado na posição.
"Em Istambul, na Turquia, eu dei algumas voltas, com muita chuva. Volto à pista em Barcelona, no início de maio, e vamos ver como será o entrosamento para darmos continuidade. Não há nada fechado para o ano inteiro, isso acontecerá se der tudo certo", conta Lucas, torcendo para ser efetivado e ter uma preparação de luxo para o próximo ano, sabendo exatamente como se comporta um pneu, peça chave deste ano.
"Vou andar muito mais que um piloto de testes. Se não estivesse fazendo nada, estaria igual a um deles. Este cargo de testes da Pirelli é o segundo mais importante da F-1; o primeiro é ser titular. Vamos saber como é o pneu, testar nas pistas do calendário com um carro de alto padrão e performance relativa, acumulando quilometragem com um carro super rápido. É a melhor forma de me manter apto. O problema para mim na F-1 é a parte comercial, o lado financeiro", revela.
Di Grassi ressalta o fato de a maioria dos novos pilotos correrem por ter fortes apoios: "É complicado. Quase todos os estreantes dos últimos dois anos (Petrov, Perez, D'Ambrosio) têm apoios locais fortes. Eu não sei o que acontece por aqui. Temos uma economia avançando, com empresas muito grandes, multinacionais. E não é só na F-1 que acontece isso, nos outros esportes também. Você sente falta, mas o negócio é trabalhar."
Se o cargo na Pirelli e o conhecimento técnico dos pneus ajudarão Lucas di Grassi a recuperar a vaga de titular noi próximo ano, o piloto acredita que sSempre ajuda. "Se pudesse escolher, estaria correndo. Se der certo, será fundamental para me manter na F-1, por causa desses problemas financeiros."
Para o brasileiro, os tipos de pneus levados pela Pirelli para sua temporada de retorno à F-1 cumpriram exatamente com o pedido proposto pela categoria. "Eu gostei das corridas, não achei confuso. A Pirelli realizou em oito meses o que foi pedido, construíndo um pneu seguro, de qualidade e com desgaste para apimentar as disputas. Foi um excelente trabalho e eles querem evoluir. Estão com a mentalidade certa. A Pirelli chamou a atenção, pois o pneu é o ítem mais importante do carro além da aerodinâmica."
Por fim, Lucas di Grassi fez uma avaliação de sua antiga equipe, a Virgin, que se tornou o time mais lento do grid, recuando na evolução em relação ao ano passado. "A Virgin está com vários problemas, mas tem boa estrutura. A meta deles foi planejada a médio, longo prazo, e eles tiveram mudanças profundas. É uma equipe com potencial."