Entenda como vai funcionar possível julgamento da Mercedes
Decisão pode demorar até meados de julho caso a FIA decida levar o caso do teste da Pirelli ao Tribunal Internacional
O caso do teste que a Mercedes realizou a pedido da Pirelli usando a dupla de pilotos oficial e o carro deste ano, ferindo o regulamento esportivo, está nas mãos da FIA.
A entidade, que divulgou nota ainda no domingo confirmando que foi comunicada sobre a intenção de se realizar um teste, mas só permitiu que ele acontecesse caso todas as equipes tivessem a mesma oportunidade, o que não foi feito, decidirá se leva a questão ao Tribunal Internacional.
Caso isso aconteça, será o primeiro grande teste do chamado IT, criado em 2010 para renovar o sistema judiciário da FIA. Questões como os escândalos de espionagem da McLaren e de manipulação de resultados da Renault, por exemplo, foram julgados pelo Conselho Mundial.
Atualmente, o presidente do IT é o britânico Edwin Glasgow, especializado em questões comerciais e com mais de 40 anos de experiência no Direito em diversos segmentos, e o monegasco Laurent Anselmi, responsável pelas questões legais do Principado, é o vice-presidente. O IT é formado por um painel de 12 pessoas sem qualquer ligação com a FIA.
Caso a FIA decida que o caso segue adiante, o presidente do IT elegerá um painel de pelo menos três pessoas, sendo que nenhuma delas poderá ser da mesma nacionalidade de quaisquer das partes julgadas. Acusação e defesa apresentarão suas justificativas por escrito antes de uma audiência, que deve ser aberta para a mídia.
De acordo com o estatuto da FIA, a defesa terá pelo menos 15 dias para apresentar seus argumentos e a acusação, mais 15. A audiência só aconteceria 15 dias depois, ou seja, mesmo que a FIA defina levar o caso adiante ainda nesta semana, é provável que não haja nenhum julgamento até meados de julho.
Punições
As equipes Red Bull e Ferrari, que buscam a clarificação do caso junto à FIA, sugerem que todos os demais times tenham direito a fazer testes de 1000km com os carros atuais. Porém, um acordo do tipo não entra nas regras definidas pela entidade para os julgamentos do IT.
As punições previstas são, em ordem de severidade: reprimenda, multa, obrigação a fazer algum trabalho de interesse público, punição por tempo, exclusão, suspensão ou desqualificação. No caso específico da F-1, também pode-se tirar todos os pontos da equipe.
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