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Fórmula 1 GP dos EUA

Entenda os desafios da estreia no Circuito das Américas

Simulações da Renault apontam para um traçado de difícil acerto para o carro e muito consumo de combustível

 

Não são apenas os pilotos que precisam se preparar para um circuito novo, os engenheiros também fazem as mais variadas simulações para entender as necessidades de cada traçado e um dos grandes desafios antes do GP dos Estados Unidos foi estabelecer os mapeamentos de motor corretos para a nova pista.

Na Renault, que fornece motores à Red Bull, Lotus, Caterham e Williams, os engenheiros usaram um computador de simulação e um dinamômetro por mais que o dobro de tempo de um GP normal. Isso quer dizer que os testes demoraram aproximadamente quatro dias.

“A precisão é tanta que podemos calcular as relações de marcha, consumo de combustível e o mapa básico de torque, mas nuances como as zebras, a abrasividade e ondulações da pista precisam ser observadas no local”, explica o chefe de operações de pista da Renault F-1, Remi Taffin.

Segundo as simulações, a velocidade média da volta será de 196 km/h durante a corrida e 205km/h em classificação. A média não é tão alta devido à grande quantidade de curvas de baixa velocidade – oito das 20 curvas serão feitas em terceira marcha ou menos. Isso assemelha o circuito a Valência.

A reta oposta, em que será usado o DRS, tem 1,016m, o que representa mais de 13s de aceleração plena e velocidade máxima de 314km/h. Essa reta causará muita dor de cabeça para os engenheiros, que terão de trabalhar com uma relação de marchas longa o suficiente para evitar que o limitador de 18.000 giros seja ativado por muito tempo, e curta o bastante para não perder agilidade nas curvas de baixa. A direção do vento também pode influir.

Mas essa não será a parte mais complicada do circuito, segundo Taffin. “É o terceiro setor que será o desafio mais duro, pois tem pistas similares a algumas das mais duras do ano: a parte do estádio de Hockenheim e a curva oito de Istambul!”, compara.

Em relação à potência, a pista é parecida com a Malásia, com 57% da volta de pé embaixo e a previsão da Renault é que a volta dure em torno de 1min39. Os três hairpins, as revoluções do motor vão cair para apenas 9,500 rpm e a velocidade deve chegar a 80km/h. Isso, somado às retas, aumenta a importância da estabilidade da traseira do carro, tanto na entrada, quanto na saída da curva.

Para terminar os desafios, o consumo de combustível será um dos maiores da temporada, simular a Abu Dhabi. As temperaturas mais baixas esperadas em Austin se equilibram com a altitude relativamente alta e o sobe e desce do traçado. Com isso, os carros estarão tão cheios quanto nos Emirados Árabes e em Melbourne quando as luzes vermelhas se apagarem.

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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