Equipes da F1 expressam preocupações com Brexit a primeira-ministra britânica
Três equipes do grid, além de líder de entidade regulamentadora do esporte, escreveram carta a Theresa May em meio ao impasse da saída do Reino Unido da União Europeia
Três equipes da F1 e a entidade regulamentadora do automobilismo do Reino Unido cogitam escrever em conjunto uma carta à primeira-ministra britânica, Theresa May, em meio às preocupações quanto à falta de acordo sobre o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
David Richards, principal autoridade do automobilismo para o Reino Unido, tem feito lobby com o governo britânico sobre o assunto e falou com times da F1 sobre a questão.
Um acordo negociado por May foi rejeitado pelo Parlamento britânico na última semana por uma diferença de 230 votos, que foi a maior derrota sofrida pelo governo desde a Primeira Guerra Mundial.
Isso aumentou as preocupações com uma possível saída do Reino Unido da União Europeia no dia 29 de março sem um acordo alfandegário com membros dos outros governos.
Isso poderia criar grandes problemas para a F1 em viagens a outros países europeus, já que o continente recebe nove das 10 corridas que serão realizadas de maio a setembro.
Na semana passada, antes da votação, representantes de três equipes da F1 falaram com Richards – a identidade dos times segue em sigilo, mas uma das maiores do grid está inclusa.
A principal preocupação é que, independentemente do argumento político em favor do Brexit, é preciso evitar que a saída aconteça sem que haja um acordo.
Por mais que nenhuma ação tenha sido tomada, as equipes acreditam que uma fala em conjunto terá mais relevância do que apontar as preocupações de forma individual.
Elas estão preocupadas com o impacto de uma saída sem acordo na habilidade de transportar bens e mover pessoas pelas fronteiras da Europa.
Também há a questão da contratação de pessoas de países da União Europeia, especialmente na fabricação, além do custo de importação e exportação de bens.
Richards afirmou que estes problemas poderiam ameaçar a viabilidade das sedes no Reino Unido, que é tradicionalmente o local de base de parte do grid.
Sete das atuais 10 equipes da F1 estão na Grã-Bretanha, enquanto que 45 dos 61 títulos de construtores foram vencidos por times da região – o que simboliza todos os títulos que não foram vencidos pela Ferrari.
Richards afirmou que uma possível consequência seria as equipes tendo operações satélites na Europa.
“Algo que deveríamos estar orgulhosos é que as principais equipes e os campeões mundiais são aqui”, disse Richards, antigo diretor de Benetton e BAR na F1.
“E tornaremos sua vida mais difícil. Queremos garantir que isso não irá acontecer.”
O impacto do Brexit no automobilismo possivelmente iria além da F1, incluindo empresas que precisam importar ou exportar bens, ou competidores britânicos e categorias que precisam viajar para realizar corridas pelo continente.
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