Ex-namorada de Senna lança livro e revela “extrema solidão” de piloto brasileiro
Adriane Yamin abre jogo sobre romance com maior ídolo do automobilismo brasileiro e explica motivos que levaram a vida quase anônima, mesmo após morte em 1994
Mesmo em uma época sem internet e redes sociais, conforme o sucesso que Ayrton Senna atingia, sua vida privada também era alvo das manchetes das capas das principais revistas do país.
Xuxa e Adriane Galisteu foram as que mais se associaram ao piloto, mas de 1984 a 1988, entre idas e vindas, Senna esteve ao lado de Adriane Yamin, paulistana, herdeira do fundador das Duchas Corona. Quando se conheceram, em Angra dos Reis, ele já era um piloto da maior categoria do automobilismo mundial, e ela estudante.
Mais de 30 anos depois do término do namoro, Adriane lançará em São Paulo nesta quinta-feira o livro “Minha Garota”, em que relata todo o período em que esteve ao lado de Senna. O título do livro é referência da maneira que o piloto a chamava na época.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Adriane explicou o motivo que a fez encarar uma vida quase anônima, sem ganhar o destaque midiático possível.
“O namoro se desenrolou fora da vida pública do Ayrton e não fazia parte da minha vida de estudante na época”, disse Adriane. “Mais tarde, mantive minha vida privada. Nunca tive intenção de me tornar uma pessoa pública. Porém, no decorrer dos anos e, após minha participação no filme "Senna", percebi que sempre seria lembrada em sua biografia e já não havia impedimentos pessoais. Resolvi, então, registrar de vez minhas memórias.”
Senna não, Beco
O público em geral conhecia Ayrton Senna pelos seus feitos na pista, entrevistas e declarações de pessoas próximas ao piloto. Para Adriane, Beco, como era chamado, revelava um lado “solitário”, bastante diferente do que as pessoas imaginam.
Quando perguntada sobre as características de Senna que ela via, mas que a TV ou o público não observam até hoje, Adriane surpreendeu: “Um homem com valores familiares rígidos. Ele sacrificou sua vida privada e pessoal em favor de sua carreira. Um homem com fragilidades típicas do ser humano e extremamente solitário.”
Outra publicação, lançada em 1994, logo após a morte do piloto, “Caminho das Borboletas” deu o pontapé inicial do estrelato de Adriane Galisteu, que não tinha a simpatia de boa parte da família Senna. No caso de sua xará, o cenário é completamente diferente: “Minha relação com a família sempre foi muito boa e respeitosa, em todos os momentos e de todas as formas que se pode imaginar”, admitiu.
O livro tem 678 páginas, os primeiros 161 exemplares serão enumerados e terão acabamento especial. O número faz referência aos GPs que Senna correu. A publicação contém imagens inéditas do casal, além de bilhetes de Senna declarando seu amor a Adriane, que você vê em primeira mão na galeria abaixo.
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