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Ex-presidente da FIA critica distribuição de dinheiro na F-1

Max Mosley volta a afirmar que a categoria precisa de um teto orçamentário: Caterham e Marussia não serão as únicas

Antigo defensor de um teto orçamentário para as equipes de Fórmula 1, o ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley, voltou a alertar sobre os perigos da categoria perder mais equipes depois da insolvência de Caterham e Marussia na última semana. Os dois times não têm condições financeiras de participar da próxima etapa, nos Estados Unidos, e ainda não se sabe se estarão no grid nas duas etapas restantes de 2014 ou no ano que vem.

[publicidade] “Não é mais uma competição justa”, disse Mosley, que comandou a FIA de 1993 a 2009, à BBC. “O maior problema é que as equipes grandes têm muito mais dinheiro. No final, [equipes como Caterham e Marussia] sairiam de qualquer jeito – e talvez não sejam os últimos”, alertou.

Mosley defende que o dinheiro obtido com a venda dos direitos comerciais da Fórmula 1 seja dividido de maneira mais igualitária. “Do ponto de vista esportivo, o dinheiro deveria ser dividido de maneira igual e os times conseguiriam o tanto que patrocínio que conseguirem. Uma equipe como a Ferrari sempre terá mais patrocínio do que uma Marussia, mas se todos tiverem a mesma quantia básica, iniciam de um patamar parecido, particularmente se houver um teto orçamentário.”

Outra questão apontada pelo ex-presidente é o alto custo das novas unidades de potência, que estrearam neste ano e geral um gasto de cerca de 20 milhões de dólares para as equipes que compram os motores.

“Sou a favor dos motores mais verdes. O erro foi não dizer que as montadoras podem gastar o que quiserem na pesquisa, mas o máximo que podem cobrar por temporada é algo em torno de 6-7 milhões de dólares”, defende.
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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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