F1 - Allison 'põe fim' ao desenvolvimento do W14 na Mercedes: "Já estou pensando no próximo"
Diretor técnico do time alemão falou sobre a melhora do carro após a atualização de Mônaco e como que os resultados mascaram importantes deficiências
A Mercedes segue buscando formas de reduzir a vantagem competitiva da Red Bull na Fórmula 1. Porém, tirando as novidades que já estão programadas, essa corrida deve esfriar em 2023, após o diretor técnico James Allison revelar que pôs um fim ao desenvolvimento do W14, focando seus esforços na produção do W15.
Após um novo passo atrás no começo da temporada, que levou a declarações de desespero de Toto Wolff, Lewis Hamilton e companhia, a Mercedes trabalhou duro para entregar uma evolução do W14, que fez sua estreia em Mônaco.
Até aqui, o novo carro vem correspondendo às expectativas, apesar das limitações de desenvolvimento pelo teto orçamentário, o limite de horas no simulador, e a falta de tempo para algumas novidades, que demandariam uma nova homologação de chassi. Mesmo assim, o time alemão obteve um pódio duplo na Espanha e mais um top 3 com Hamilton no Canadá.
Mesmo feliz com a melhora, Allison sabe que o W14 está longe de ser o carro que a Mercedes esperava, e acredita que o salto esperado só poderá vir no próximo ano, o que explica a mudança no foco de trabalho.
"A melhora de Mônaco entregou mais ou menos o que esperávamos", disse Allison à Auto Motor und Sport. "Acredito que a razão pela qual Toto tem cautela é que essa melhora está longe de ser completa. Estamos mais rápidos em curvas de média e alta, mas seguimos lentos nas de baixa".
"Até que melhoremos todos os aspectos do carro, não seremos competitivos. E, para ser sincero, nem penso nesse pacote mais, já estou pensando no próximo. Estamos seguros de que, com esse estaríamos um ou dois décimos mais próximos, mas precisamos de outra melhoras para sermos realmente competitivos".
"O desenvolvimento desse carro já é história para nós, mas ele será a base dos nossos próximos passos".
"O carro é um pouco mais estável na frenagem. Os pneus dianteiros já não travam mais, mas a traseira segue muito instável. Simplesmente, vocês veem uma melhora porque ganhamos carga aerodinâmica, mas não temos tração suficiente. É difícil de guiar em curvas lentas".
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