F1: Binotto admite que Ferrari considera mudanças organizacionais após início ruim de temporada
Mas Binotto admite que vai levar um bom tempo até que a situação da equipe seja solucionada
A temporada 2020 da Fórmula 1 não tem sido a melhor para a Ferrari. A equipe ficou para trás em comparação às rivais Mercedes e Red Bull e está atrás também da Racing Point. Por isso, muito tem se cobrado da equipe em relação à mudanças, e a Scuderia já considera fazer algo do tipo.
A queda de rendimento da equipe de 2019 para 2020 foi considerável e a Ferrari precisa dar passos adiante para poder começar a lutar por pódios com regularidade. No momento, ocupa apenas a quinta posição no Mundial de Construtores.
Após um GP da Hungria difícil, mas que trouxe bons pontos, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, confessou que o começo do ano foi pior do que o esperado e estava tudo claro com relação ao que precisava ser feito para mudar.
"Acho que o que vimos em Barcelona é que não éramos rápidos o suficiente, mas não estávamos esperando uma situação difícil assim", disse Binotto. "Então é certamente pior comparado ao que esperávamos".
"Após essas três provas, temos alguma folga antes de Silverstone e será importante para Maranello considerar todos os aspectos do carro e da organização: tudo que for necessário para melhorar".
Na semana passada, o Motorsport.com revelou que a direção da Ferrari estava aberta à ideia de mudanças na infraestrutura, talvez com a adição de mais uma peça na ponta, como um novo diretor técnico, para ajudar Binotto.
Binotto disse que a prioridade da Ferrari era entender o que havia de errado com o SF1000. Apesar da atualização apresentada no GP da Estíria ter melhorado o panorama, ainda não foi suficiente.
"Acho que as atualizações da Áustria melhoraram a correlação entre túnel de vento e pista", disse. "Pelo menos lidamos com isso. Mas o déficit em termos de performance ainda está ali. Perdemos velocidade nas retas e falta velocidade nas curvas. O carro precisa melhorar em todas as áreas. Simples assim".
Binotto admitiu que a esperança da Ferrari de melhorar foi enterrada pelo congelamento imposto no desenvolvimento, mas que era muito cedo para julgar o quanto isso iria impactar.
"Certamente não ter total liberdade torna nosso trabalho mais difícil. Acho que só podemos entender o quão mais próximo poderemos chegar quando entendermos o motivo para estarmos tão lentos".
"Acho que ainda é cedo para isso. Primeiro vamos focar em entender o carro e onde podemos melhorar. Aí mais tarde na temporada respondo sua pergunta".
Perguntado sobre quanto tempo levaria para a Ferrari voltar a ser competitiva, ele disse: "Vai um bom tempo, porque não é algo que será resolvido em algumas semanas. Então é preciso paciência. Temos que melhorar em todas as áreas porque falta velocidade, não é algo que será resolvido a toque de caixa. Vai levar tempo".
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