GP da Espanha mostra F1 buscando reaproximação com público
Após chegada de novos donos, categoria tenta voltar a ser mais humana e a aproximar pilotos do público
Se a Fórmula 1 apresentou uma série de novidades dentro da pista e teve como resultado uma batalha acirrada entre Mercedes e Ferrari, há também uma nova F1 fora da pista em 2017, uma categoria que já sente os efeitos da gestão do Liberty Media, que comprou a F1 recentemente.
É possível ver uma F1 tentando ser mais humana, que gera histórias como a de Thomas, a criança francesa que chorou ao ver Kimi Räikkönen abandonar o GP da Espanha ainda na primeira volta e depois, em uma iniciativa da Ferrari de da própria categoria, foi levado para conhecer o finlandês e toda a equipe, vendo de perto a cerimônia do pódio.
Nas redes sociais, a F1 já vem se 'soltando' há algum tempo, agindo com bom humor e publicando momentos marcantes do passado, além de melhores momentos dos treinos e corrida, destacando lances importantes. No embalo, as equipes também estão menos sisudas, interagem entre elas e também podem disponibilizar imagens dos trabalhos durante as atividades de pista.
Já no final de semana nos circuitos, a categoria vem implementando uma série de medidas para aproximar pilotos e público. Um exemplo disso é a entrevista realizada logo após o treino classificatório para o GP da Espanha. Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Valtteri Bottas foram entrevistados na reta dos boxes, em frente às arquibancadas.
O que tradicionalmente acontecia em uma sala fechada, contando apenas com a transmissão da TV, foi visto pelo público presente ao circuito de Barcelona, uma medida inédita. Além disso, o principal ídolo local, Fernando Alonso, também participou da entrevista. Depois, os pilotos dispararam camisetas para as arquibancadas utilizando pistolas de ar comprimido.
O Liberty também tem implantado uma série de atividades extra-pista para o público. Uma novidade que apareceu pela primeira vez em Barcelona foi o carro de dois lugares, para que um espectador tenha a experiência de andar em um carro de F1 - ainda que seja um modelo antigo.
Entretanto, tal oportunidade não é para todos que comparecerem aos circuitos: somente os que adquirem os pacotes da iniciativa denominada "F1 Experience" são elegíveis para viver a chance de sentir a velocidade e as forças atuantes em um carro da categoria.
O carro apresentou um problema na Espanha e não foi possível levar a quantidade planejada de fãs para a pista, mas o modelo estará em outras etapas da temporada.
Até onde vão as novidades do Liberty Media para a F1, ainda não se sabe. O que já está claro, entretanto, é que a nova direção quer uma categoria mais próxima das audiências e que os astros do espetáculo sejam mais humanos, mais acessíveis. Uma F1 que olha para o passado e que busca referências para um futuro melhor.
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