Há seis anos, F1 perdia Jules Bianchi, um dos pilotos mais promissores da categoria

Tido como a próxima estrela da Ferrari, morte de francês abriu debates sobre importância na segurança da cabeça dos competidores de monopostos

Jules Bianchi, Marussia F1 Team

No dia 17 de julho de 2015 era anunciada a morte de um dos pilotos mais promissores da Fórmula 1: Jules Bianchi.

O francês perdeu a luta pela vida após nove meses em estado crítico, depois de um grave acidente no GP do Japão do ano anterior, quando chocou sua Marussia em um trator que retirava a Sauber de Adrian Sutil da pista. As condições eram as piores possíveis, devido à forte chuva. O piloto teve uma lesão axonal difusa, quando o cérebro se move violentamente dentro do crânio.

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Bianchi foi o primeiro piloto da F1 a morrer depois de 21 anos, após Ayrton Senna perder a vida no GP de San Marino de 1994. Assim como no caso do brasileiro, foram abertas novas discussões sobre a segurança dos pilotos da categoria, principalmente no que dizia respeito à cabeça.

Após testes com vários tipos de dispositivo, o halo, impopular entre muitos fãs e pilotos, estreou nas principais categorias de monopostos do mundo no início de 2018, com a intenção de proteger melhor a cabeça dos competidores.

Quis o destino que o dispositivo passasse por um teste de fogo e salvasse a vida de um de seus melhores amigos. Durante o início do GP da Bélgica de 2018, a McLaren de Fernando Alonso subiu e atingiu a Sauber de Charles Leclerc na região do halo, fazendo com que o monegasco apenas lamentasse os estragos em seu carro e uma corrida comprometida.

Os dois amigos eram tidos como o futuro da Ferrari, com o francês fazendo parte do programa da Scuderia. Leclerc, que conseguiu concretizar sua ida ao time, sempre que pode, faz referências ao amigo, como no GP de Mônaco de 2019, quando correu com um capacete alusivo a Bianchi e também ao seu pai, morto quatro dias antes de uma vitória do monegasco em Baku, 2017.

Relembre a carreira de Jules Bianchi em imagens

A carreira de Bianchi começou em 2007, na Fórmula Renault 2.0, quando ganhou o campeonato com 5 vitórias e 11 pódios. Em 2008, ele competiu na F3 Europeia, em que terminou em 3º no campeonato, que foi vencido por Nico Hulkenberg. Durante a temporada, ele conquistou 2 vitórias e 7 pódios para a ART Grand Prix.
Na mesma época, ele pilotou no Masters de Fórmula 3 em Zolder, quando venceu Hulkenberg e Jon Lancaster.
Na temporada 2009, Bianchi continuou na F3, a dominando com nove vitórias e 12 pódios, em 20 corridas, para selar o título.
No mesmo ano, ele teve o gostinho de realizar seu sonho de infância, ao conduzir um carro de F1 pela primeira vez. Impressionado com a sua performance, a Ferrari o contratou para sua academia de pilotos.
Depois de competir brevemente na GP2 Ásia em 2009-10, ele fez a temporada completa da GP2 em 2010, pela ART Grand Prix, terminando o campeonato em terceiro, atrás de Pastor Maldonado e Sergio Pérez.
Após período na GP2, em 2012, Bianchi se torna piloto de testes da Force India.
Ele combinou sua função na nova equipe com compromissos na Fórmula Renault 3.5, quando acumulou três vitórias e oito pódios, perdendo o título para Robin Frijns na última corrida.
Após ser piloto de testes da Force India, a Marussia anunciou que Jules Bianchi seria seu piloto em 2013, no lugar de Luiz Razia. Ele fez sua estréia no GP da Austrália.
Em sua primeira corrida, Bianchi saiu da 19º posição do grid e terminou em 15º em Melbourne.
O melhor momento de Bianchi na F1: ele alcançou a nona colocação e seus primeiros pontos com a Marussia nas ruas de Mônaco, em 2014.
Comemoração da Marussia pelo nono lugar.
No dia 5 de outubro de 2014 viria o acidente no GP do Japão que o deixaria em coma por mais de nove meses.
A morte de Bianchi foi anunciada no dia 17 de julho de 2015, se tornando o primeiro piloto da F1 a morrer em função de um acidente de pista, após Ayrton Senna.
Após pesquisas e testes, a FIA resolveu adorar o halo, como dispositivo de proteção à cabeça do piloto para todas as principais categorias de monoposto do mundo.
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