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História da Honda na Fórmula 1 vai além dos anos 1980

Japoneses marcam presença na categoria: duas vezes como construtores e três como fornecedores de motores

A vitoriosa parceria com a McLaren nos anos 1980, que será revivida a partir desta temporada, está longe de ser o primeiro capítulo da Honda na Fórmula 1. Há de cinco décadas, os japoneses marcam presença na categoria: duas vezes como construtores e três como fornecedores de motores, papel que desempenha hoje no time inglês.

Ao todo, carros com motores Honda respondem por 72 vitórias, fazendo dos japoneses o quinto fornecedor mais vitorioso da história da categoria.

De 1964 a 68

[publicidade] Na década de 1960, a Honda entrou pela primeira vez na Fórmula 1 – e como equipe de fábrica. Nessa época, a empresa já tinha mais de 10 anos de experiência com as corridas, mas tinha sua presença reduzida a competições asiáticas.

Inicialmente, o carro era muito pesado. Porém, um dos astros daquela época, o britânico John Surtees, acreditou no poderio japonês e entrou para a equipe em 1967, conseguindo uma vitória em Monza.

No ano seguinte, a equipe se dividiu em um projeto para o motor V12 e outro para o V8, com o qual Surtees se negou a correr por motivos de segurança. E estava certo, pois Jo Schlesser foi morto após bater e causar uma explosão logo na segunda volta de sua primeira corrida com o carro. No final do ano, a Honda deixou a Fórmula 1 pela primeira vez.

De 1983 a 92

A era turbo dos anos 1980 trouxe a Honda de volta à Fórmula 1, depois de colecionar vitórias na categoria de acesso da época, a F-2. Os japoneses retornaram com a Williams, em 1983. A primeira vitória dessa nova era viria no ano seguinte, em Dallas, nos Estados Unidos.

Com uma potência estimada em mais de 1000cv no V6 turbo, a Williams-Honda de Keke Rosberg tornou-se a primeira a fazer uma volta com média superior a 160mph (o equivalente a cerca de 257km/h), em 1985.

Em 1987, a Honda também fornecia motores para a Lotus, que tinha Ayrton Senna como piloto. E ambos migraram no ano seguinte para a McLaren para formar, com Alain Prost, uma das equipes mais vencedoras de todos os tempos.

O primeiro ano começou com 15 vitórias em 16 provas – e o primeiro título de Senna. Mesmo sem os turbo, a partir de 1989, a Honda seguiu dominando, conquistando outros três campeonatos seguidos.

Porém, em 1991 já estava clara a ascensão da Williams-Renault, que viria a dominar a categoria nos anos seguintes. Ao final de 1992, a Honda deixaria novamente a Fórmula 1.

De 2000 a 2008

A terceira era Honda seria aquela de menor sucesso, com apenas uma vitória em nove temporadas. Primeiramente, os japoneses retornaram como fornecedores de motor para a BAR. Em 2006, compraram a equipe e voltaram a ser construtora.

O projeto da equipe própria começou bem, inclusive com a vitória inesperada de Jenson Button no GP da Hungria de 2006, mas o carro seguinte foi um desastre e o time chegou a ser batido por seu cliente, a pequena Super Aguri, que usava o carro do ano anterior.

Mesmo com a contratação de peso de Ross Brawn e um pódio de Rubens Barrichello no GP da Grã-Bretanha, sob muita chuva, a Honda decidiu novamente deixar a categoria no final daquele ano.

Os japoneses mal sabiam, contudo, que o projeto que tinham desenvolvido para a temporada seguinte seria o melhor carro do grid. Com pouco dinheiro e motores Mercedes, a nova equipe Brawn acabou sendo campeã de construtores e de pilotos, com Button.
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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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