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Interlagos tem planos de cinco anos de reformas, garante Rohonyi

Em entrevista exclusiva ao TotalRace, organizador do GP do Brasil diz que Interlagos "é casa velha que precisa de reformas"

Tamas Rohonyi e Bernie Ecclestone

O projeto de reformas para melhorar a estrutura de Interlagos parece que vai sair do papel. Pelo menos é o que garante Tamas Rohonyi, que faz parte da organização do GP do Brasil desde seu início, nos anos 1970. Falando com exclusividade ao TotalRace, o húngaro naturalizado brasileiro garantiu que a prefeitura de São Paulo tem um projeto extenso para o circuito.

“Existe um plano grande de continuar reformando e desenvolvendo Interlagos, que é obviamente um autódromo antigo, com mais de 50 anos. Mas o traçado é certamente um dos melhores do mundo. É uma casa velha que precisa de reformas e mais reformas, o que está sendo feito.”

Rohonyi afirmou que a intenção é adequar Interlagos ao restante do calendário, mas sequer sonha em ter uma obra do calibre de Abu Dhabi em São Paulo.

“Pela primeira vez, nesta administração atual, existe um plano geral de cinco anos de trabalhos. Não se pode transformar Interlagos em um autódromo como Abu Dhabi de um ano para o outro – não tem nem dinheiro, nem condição e nem porquê. Esse trabalho metódico vai manter Interlagos em um padrão bom. Talvez não o melhor do mundo em estrutura, mas em questão de corrida, acho que não tem melhor.”

O empresário falou ainda sobre a questão da segurança no circuito e garantiu que providências estão sendo tomadas. Neste ano, os pilotos Gustavo Sondermann e Paulo Kunze faleceram após batidas no autódromo.

“O autódromo é bastante seguro. Os acidentes fatais aconteceram em condições extremas, como em dia de chuva muito forte. Em corrida de F-1 nunca tivemos problemas. Mas obviamente a prefeitura tomou conhecimento e está tomando providências. Um estudo bastante complexo está sendo feito para dar mais um upgrade na estrutura.”

Rohonyi relembrou os tempos difíceis por quais passou como organizador do GP Brasil, que terá sua 40ª edição – contabilizando quando ainda não fazia parte do calendário oficial – neste ano.

“É um enorme orgulho que tenhamos conseguido manter este evento por tanto tempo, em condições às vezes extremamente difíceis, com inflação elevada e uma série de problemas. Começamos em São Paulo, fomos para o Rio, voltamos. Mas sempre tivemos um grande apoio dos prefeitos, principalmente agora, com o Gilberto Kassab. E o resultado é um grande sucesso.”

De acordo com o empresário, mesmo com o campeonato praticamente decidido, as vendas de ingressos vão bem.

“Muda muito pouco de um ano para outro. O GP do Brasil tem uma clientela fiel. A decisão do campeonato não tem nada a ver com a venda dos ingressos porque quem toma a decisão de ir até Interlagos e fica tomando sol e chuva o tempo inteiro quer ver os carros andando, quer ver o Vettel, o Massa, o Rubinho, o Schumacher. Acho que quem ganha ou perde é secundário.”

Rohonyi avisa que quem for a Interlagos terá uma surpresa, a exemplo das voltas que Emerson Fittipaldi deu com seu Lotus no ano passado – mas não adianta qual.

“Vamos ter uma surpresa muito grande nesse ano, vai ser uma corrida fantástica. Essa surpresa é uma homenagem, como fizemos para o Emerson ano passado. Vamos continuar homenageando os grandes pilotos brasileiros e, principalmente, torcendo pelo Felipe e pelo Rubinho.”

(Colaboração de Luis Fernando Ramos)

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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