Jornal: Ferrari foi espionada em caso que levou a acordo com FIA
Corriere della Sera alega que dados foram obtidos de forma ilegal e que credibilidade da F1 está em xeque
Antes do início da atual temporada da Fórmula 1, Ferrari e FIA fizeram um 'acordo secreto' em relação aos motores vermelhos de 2019, tão questionados pelas rivais do time de Maranello. Os termos do polêmico pacto não se tornaram públicos, mas o jornal Corriere della Sera publicou, nesta quarta-feira, que o órgão regulador do automobilismo só obteve informações da controversa unidade de potência ferrarista pois a escuderia sofreu "espionagem".
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De acordo com o Corriere, a Federação Internacional de Automobilismo soube da irregularidade do motor italiano porque provas foram obtidas por uma equipe rival com ajuda de um membro da Ferrari que sabia da 'artimanha'. Ainda segundo a publicação italiana, houve uma “cirúrgica operação de espionagem industrial” com possível roubo de dados, o que levaria a uma perda de credibilidade da F1 como um todo.
A informação é do jornalista Giorgio Terruzzi, que teve como uma fonte um funcionário da FIA. A história remonta à vitória de Charles Leclerc no GP da Itália. O piloto monegasco venceu a corrida de Monza sendo pressionado pela Mercedes do britânico Lewis Hamilton. O que chamou a atenção, porém, foi o fato de que o hexacampeão não conseguia se aproximar do carro da Ferrari mesmo quando abria a asa traseira através do DRS.
Por isso, segundo o jornal, a escuderia foi espionada. Caso contrário, de acordo com a publicação, não haveria evidências suficientes para um protesto. Sugere-se, portanto, que as informações sobre a Ferrari não tenham sido coletadas de forma completamente legal.
A reportagem alega que a FIA não havia conseguido descobrir a irregularidade por conta própria. De posse de dados supostamente 'roubados' via espionagem - o 'informante' seria membro da equipe italiana -, o órgão teria decidido propor o polêmico acordo à Ferrari. A contrapartida seria o impedimento de novos desenvolvimentos na unidade de potência vermelha, que deveria estar ‘limpa’.
O fato é que o motor italiano apresenta grande queda de rendimento: a potência é menor que a do ano passado, o que também afeta Haas e Alfa Romeo, além da Ferrari. Veja no gráfico abaixo, que mostra a diferença entre tempos de classificação na Áustria em 2019 e 2020:
POLÊMICA: Entenda o acordo 'secreto' da Ferrari que chocou os rivais na Fórmula 1
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