Katayama sobre Kobayashi: "Ele é muito especial"
Japonês recordista de largadas na Fórmula 1 considera piloto da Sauber a salvação do automobilismo do país
O quinto lugar de Kamui Kobayashi no Grande Prêmio de Mônaco não é o melhor resultado de um piloto japonês na Fórmula 1. Em duas ocasiões, um piloto do país chegou a subir no pódio: Aguri Suzuki, na prova japonesa de 1990; e Takuma Sato, no GP dos Estados Unidos de 2004.
Mas fica cada vez mais forte a impressão de que o piloto de 24 anos, nascido em Amagasaki e filho de um sushiman, é o melhor de seu país na história da categoria. Quem concorda com isso é Ukyo Katayama - recordista de participações entre os japoneses com 94 GPs disputados. O TotalRace conversou com ele:
“Mesmo para mim, não só para os fãs de automobilismo no Japão, não dá para falar nada sobre Kamui. Apenas festejar. Ele é muito especial”, afirmou o ex-piloto com passagens nas equipes Tyrrell e Minardi.
Katayama identifica em seu compatriota a maior chance de salvação para o esporte a motor japonês. Mergulhado numa crise econômica desde 2008 e ainda vivendo os efeitos das tragédias naturais ocorridas neste ano, o país tem outras prioridades e o apoio para o automobilismo diminuiu bastante.
“Espero que ele consiga reverter esse quadro. Infelizmente, o Japão está passando por um período muito complicado e as pessoas estão perdendo o interesse pela Fórmula 1. Torço para Kamui mudar um pouco essa situação. E acho que ele tem chances, há uma nova geração que está começando a assistir a categoria por sua causa”, analisou.
Ajudado pela mudança no sistema de pontuação da Fórmula 1 no ano passado, Kamui Kobayashi já é o piloto japonês com mais pontos na categoria: 54 no total, contra 44 de Takuma Sato.
Depois de deixar as pistas, Ukyo Katayama passou a se dedicar à sua outra paixão, o alpinismo. Em 2011, busca realizar a maior meta de todos os praticantes deste esporte.
“Estive fazendo alpinismo na Antártida em janeiro e agora vou para o Everest neste ano. Já tentei chegar no topo uma vez mas não deu. Agora vou tentar de novo. Já escalei todas as montanhas acima de 8 mil metros. Só falta o Everest”, contou o ex-piloto japonês.
Em 2009, Katayama teve de ser resgatado pelo polícia japonesa após problemas numa escalada ao topo do Monte Fuji. Os dois alpinistas que o acompanhavam morreram.
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