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Lentas e frágeis, Red Bull e Lotus esperam início de ano duro

Vettel admite preocupação por não conseguir andar no ritmo da ponta; time de Enstone fala em "sorte" para terminar GP

Duas equipes vitoriosas dos últimos anos da Fórmula 1 vivem a expectativa de um início de temporada complicado em 2014: os tetracampeões mundiais da Red Bull e a Lotus estão entre os times que menos andaram nos 12 dias de testes, constantemente frequentando as últimas posições.

No caso da Red Bull, a melhor volta registrada pelo RB10, nas mãos de Daniel Ricciardo, foi 2s485 mais lenta que o tempo mais rápido dos testes, estabelecido por Felipe Massa, da Williams.

Perguntado se estava preocupado com os tempos de volta, Vettel disse que “sim, isto não é um segredo”, mas acredita que a equipe tem problemas mais graves para resolver antes de tentar melhorar o ritmo.

“Não podemos fazer os mesmos tempos dos caras da ponta por alguns motivos, mas no momento temos problemas maiores para resolver.”

A pré-temporada da Red Bull foi marcada por uma série de problemas relacionados ao arrefecimento e à interação dos sistemas eletrônicos fornecidos pela Renault, que gerenciam as unidades de recuperação de energia.

Por isso, o alemão não arrisca apostar como será a performance do time no GP da Austrália, na abertura da temporada. “Não andamos o suficiente, a velocidade não está lá, então temos de esperar para ver quando chegarmos lá. Temos de usar as duas semanas que temos até lá para colocar novas peças no carro e construí-lo com base no conhecimento que temos no momento.”

Além de estar mais de 4s mais lenta, a Red Bull conseguiu muito menos quilometragem na pré-temporada em relação aos rivais, completando 1711km – superando apenas Marussia e Lotus – contra quase 5000km da Mercedes.

Falando em Lotus, o time foi o que menos andou na pré-temporada – 1288km – depois de ser o único a não participar da primeira bateria de atividades de pista, na Espanha, e de também ter problemas, a maioria relacionado ao escapamento, o que causou até alguns incêndios. A equipe também teve dificuldades com a unidade de potência da Renault.

Tal cenário faz com que Romain Grosjean admita que o único motivo que o faz acreditar que pode terminar a corrida da Austrália é seu otimismo, enquanto o diretor técnico, Nick Chester, diz que o time precisa de “sorte” para ver a bandeirada. “Houve dias em que a unidade de potência funcionou e outras em que ela nos deixou na mão. Também tivemos alguns problemas do nosso lado, mas entendemos por que o escapamento estava quebrando e temos uma nova especificação que será usada em Melbourne”, revelou.

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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