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Mercedes fala em motor "com esteroides" para 2014

Fornecedora explica como será novo propulsor da Fórmula 1: "Meta é ter mesma potência gastando 30% menos combustível"

A Mercedes divulgou um guia que responde dúvidas a respeito dos novos motores que a Fórmula 1 vai adotar a partir de 2014. A fornecedora destacou a importância da eficiência do novo projeto e aposta que os pilotos terão mais dificuldades em lidar com o torque extra dos V6 turbo.

“As regras especificam um máximo de 100km de combustível por corrida – hoje em dia, ainda que o número não esteja no regulamento, são usados cerca de 150kg. Isso significa que teremos um terço a menos de combustível para completar a mesma distância – e queremos fazer isso com a mesma velocidade. Então precisamos de um sistema de transmissão que seja 30% mais eficiente em termos de energia. A meta é atingir os mesmos 750hp com 30% menos combustível.”

Na verdade, falar em motor é equivocado de acordo com as novas regras, que propõem uma “Unidade de Potência”, algo desenhado para integrar o motor em si aos sistemas híbridos que permitirão toda essa economia de energia. Hoje em dia, o sistema de recuperação de energia cinética, o KERS, foi desenhado após o desenvolvimento do motor V8. O que se busca é uma integração maior, visando aumentar a eficiência do conjunto.

“O que chamamos de ICE é o motor tradicional, com 1,6l de capacidade, turbo e com injeção direta de combustível em uma pressão de até 100bar. Enquanto os motores atuais são limitados a 18.000rpm, o ICE não pode passar de 15.000 rpm a partir de 2014. Já o ERS e um KERS com esteroides não apenas tira e recoloca a energia no eixo traseiro, mas também consegue fazer isso com o turbo. Poderemos gerar o dobro de energia – 161hp, comparando com os 80,5hp de hoje.”

Em relação à pilotagem, a expectativa é de que os novos motores gerem mais dificuldades para os pilotos. “Primeiramente, o motor vai produzir muito mais torque do que o V8 atual e terá uma banda de potência maior. Isso significa que a aderência será limitada na saída de curva. Isso vai valorizar os pilotos mais inteligentes – o caminho mais rápido para terminar uma corrida não será sempre o mais simples e os pilotos mais brilhantes provavelmente se adaptarão mais rapidamente aos novos desafios”, espera a Mercedes.

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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