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Montezemolo volta a criticar Bernie e pede nova era na F1

Presidente da Ferrari diz que era de um homem só está chegando ao fim e volta a falar da idade de Ecclestone

Montezemolo quer se despedir da era atual

As farpas trocadas por Bernie Ecclestone e Luca di Montezemolo após o término da temporada parece realmente ter incomodado o italiano. Em Maranello, durante as comemorações de fim de ano, o presidente da Ferrari voltou a atacar o homem que detém os direitos comerciais da Fórmula 1. “Estamos muito perto de abrir uma nova página na F1, reconhecendo o bom trabalho que Bernie fez, mas seguindo em frente", indicou Montezemolo. “Eu sempre digo para Bernie que o show de um homem só terminou”.

Após o GP do Brasil, a Ferrari enviou uma carta à FIA questionando a legalidade de uma ultrapassagem de Vettel supostamente sob bandeira amarela. Bernie disse que aquilo era uma piada e as farpas começaram, com Montezemolo chamando o britânico de “velho” e Ecclestone dizendo que não saberá como o italiano estará daqui a alguns anos. O ferrarista voltou ao assunto nesta semana. “Bernie às vezes se envolve em assuntos que não lhe dizem respeito. Interpretação de regras, bandeiras amarelas, verdes não tem a ver com ele. E ele usou expressões que não aceito”, criticou o dirigente, que voltou a tocar na questão da idade.

"Estamos lentamente chegando ao fim de um período caracterizado pelo estilo de um homem que fez coisas importantes. É um pouco o que acontecerá comigo, mas não aos 82, mas quando eu tiver 75”, afirmou, se referindo a atual idade de Bernie Ecclestone (82, já Montezemolo tem 65 anos).

Além de reclamar da postura do chefão da F1, Montezemolo também disse que espera algumas mudanças em breve na categoria. Ele é contra as restrições dos testes na F1. “Isto está ficando ridículo. Nos próximos dias vou me reunir com Bernie e com Jean Todt (Presidente da FIA) para conversar sobre esta questão. Nós transformamos Mugello (circuito de testes da Ferrari) em um dos melhores autódromos do mundo, enquanto várias equipes estão mergulhando fundo nos simuladores. Entendo a questão da igualdade entre equipes, mas testes também atraem patrocinadores, chamam a atenção da mídia e desenvolvem pilotos jovens, enquanto os simuladores não fazem nada disso”, comparou.
 

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Guilherme Carvalho
Fórmula 1
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