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Pilotos protestam contra falta de patrocínio no Brasil

O jovem Pipo Derani, da F-3 Europeia, usou a pintura de seu carro para reclamar, e Ingo Hoffmann, o Facebook

A possibilidade do Brasil não ter um representante no grid da Fórmula 1 pela primeira vez desde 1969 está movimentando os pilotos. E a grande queixa é a falta de apoio das empresas do país ao automobilismo. Atualmente na Fórmula 3 Europeia, Pipo Derani decidiu usar seu carro para criticar a falta de interesse de investidores, colocando um adesivo com a bandeira brasileira e um ponto de interrogação no centro.

Atualmente nono colocado no campeonato, Derani corre com a novidade na etapa de Zandvoort, na Holanda, no próximo final de semana. O piloto de 19 anos competiu em diversas categorias do kart brasileiro, mas teve que sair do país, em 2009, para andar em carros fórmula, tendo passagens pela F-3 alemã e britânica.

Semana passada, Derani testou um carro de Indy Lights e reconhece que pode desistir do automobilismo europeu por falta de investimento. “Obviamente estou em busca de correr tanto na Europa quanto nos EUA, mas é fato que correr na Europa é mais caro. Meu desejo é ser profissional e fazer o que eu mais amo, que é ser piloto de corrida, por isso tenho que olhar para todas as oportunidades que me aparecerem”, disse.

O protesto é o segundo em poucos dias. Em texto publicado em sua conta do Facebook e intitulado “Acorda, Globo”, o ex-F-1 e multi-campeão da Stock Car Ingo Hoffmann cobra maior participação da emissora, que para a transmissão da próxima temporada, na formação de novos pilotos.

Leia o texto de Hoffmann na íntegra:

“Em 1995, após o falecimento do Ayrton Senna, comentei com o organizador do GP Brasil de F1, que o maior interessado em termos de pilotos brasileiros na F1, deveria ser a Rede Globo, pois com eles ganhando corridas e disputando Campeonatos, a audiência logicamente sempre seria maior, e consequentemente os valores das cotas também.
“Sugeri que a Globo criasse um programa de incentivo aos pilotos em começo de carreira na Europa, onde 2 ou 3 seria ‘apadrinhados’ pela rede Globo, onde cada um teria um ‘x’ de minutos por ano, na grade da toda poderosa, para gerar retorno aos seus patrocinadores, e assim facilitar a captação dos patrocínios, ou até que as cotas de patrocínio das transmissões, tivessem um pequeno percentual que poderia ser revertido a estes pilotos.
“A maior dificuldade que todos pilotos sempre enfrentam, é a falta de patrocínio, custos elevadíssimos e principalmente o pouco retorno que as categorias de base geram aqui no Brasil, isso sem levarmos em conta que quando a toda poderosa vai entrevistar algum piloto / atleta, faz questão de não filmar os patrocinadores.
“Agora que corremos o sério risco de não termos mais nenhum brasileiro na F1, depois de mais de 40 anos, não duvido nada que as provas de F1 não sejam mais transmitidas ao vivo pela Globo.”

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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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