Por custos, Silverstone pode ficar de fora da F1 após 2019
Criticando custos para manutenção do GP da Grã-Bretanha, donos de Silverstone ameaçam acionar cláusula e deixar de realizar prova da Fórmula 1 no fim de 2019
Silverstone pode sair da Fórmula 1. É o que dizem os administradores do circuito britânico, sede do GP da Grã-Bretanha. Os altos custos para manter a prova seriam o motivo para a quebra de contrato
Há uma cláusula no contrato entre Silverstone e a Fórmula 1 que permite aos responsáveis pelo circuito quebrar o contrato no final de 2019, contanto que Bernie Ecclestone seja informado antes da edição da prova neste ano.
A existência de tal cláusula já era conhecida, mas veio à tona agora que os custos anuais para a manutenção da prova se tornaram excessivos.
Em uma carta enviada aos membros do BRDC (British Racing Drivers’ Club), que controla a pista, o presidente do conselho de administração do clube, John Grant, diz que os custos para sediar a prova de F1 tem preocupado cada vez mais.
“A diretoria gostaria de manter o GP da Grã-Bretanha em Silverstone por muitos anos, mas apenas se isso fizer sentido. Além disso, precisamos proteger nosso clube contra potenciais riscos de anos difíceis", escreveu.
“Sem mudanças na equação econômica, o risco e o retorno não estão em um patamar aceitável, então estamos explorando as mais diversas formas de alterar esta equação", acrescentou.
“Entre as alternativas, a diretoria pensa se deve noticiar antes da prova de 2017 (como requisitado) nossa intenção de acionar a cláusula de quebra de contrato no final de 2019. Esta não é uma decisão simples e nós pensaremos em todas as implicações disso antes de anunciarmos nossa decisão" no meio do ano", ponderou.
Acordo de longa duração
Um acordo de 17 anos para sediar o GP da Grã-Bretanha foi assinado por Silverstone em 2009. Entretanto, o aumento dos valores que formam grande parte dos acordos negociados por Ecclestone faz com que os organizadores repensem a ideia de sediar a prova.
O ex-piloto Derek Warwick, presidente do BRDC president, disse ao site da Autosport no ano passado, que a escalada dos custos coloca Silverstone em uma situação além do aceitável.
“No fim, se você não pode custear, você não pode. Demos suporte ao GP da Grã-Bretanha por muitos anos sem qualquer ajuda de terceiros ou do governo. Investimos em reformas e fizemos tudo o que Bernie queria para mantermos a prova. Mas agora estamos em uma situação em que os custos são altos demais para nós", comentou.
Mudança de sede
Ecclestone não se mostrou preocupado com a situação, dizendo que responsáveis por outros circuitos o procuraram para discutir a ideia de substituir Silverstone.
“Se eles querem ativar a cláusula de quebra, não podemos fazer nada", disse Ecclestone à rede de TV britânica ITV, que foi quem divulgou a carta do BRDC.
“Responsáveis por outras duas pistas entraram em contato conosco e estão dispostos a sediar o GP da Grã-Bretanha. E não há dúvida, queremos uma que realize a prova. Sobre Silverstone, não está em nossas mãos", completou.
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