Por que a Ford precisa "desesperadamente" da Red Bull no retorno à F1

Montadora americana explica como o retorno à categoria remete à forma como estava envolvida na década de 70

Sede da Red Bull Powertrains

Foto de: Jon Noble

A Ford se associou à Red Bull para trabalhar na nova era de motores da Fórmula 1, em 2026, que está sendo preparado pela Red Bull Powetrains, mas essa parceria tem como objetivo ir muito além das pistas de corrida. 

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A montadora foi contratada porque oferece o tipo exato de experiência em baterias que a equipe de Milton Keynes precisa para as novas regulamentações de motor que estão entrando em vigor - onde a energia elétrica será responsável por cerca de 50% da potência total. 

Em discurso no lançamento da temporada de 2024 da divisão de automobilismo da Ford Performance, na noite de quarta-feira, o CEO Jim Farley ofereceu uma atualização sobre o progresso e disse que estava extremamente otimista com o andamento das coisas. 

"Tive a oportunidade de passar muito tempo com a equipe em Milton Keynes e com Adrian Newey, e acho que estamos no caminho certo", disse ele no palco do evento em Charlotte, Carolina do Norte. "2026, embora pareça muito distante, temos muito trabalho a fazer no trem de força, mas estou muito feliz com o progresso. Gostaria de poder dizer mais, mas diria que estamos no caminho certo."

The Ford Cosworth DFV engine on the back of a Lotus

Foto de: Motorsport Images

O motor Ford Cosworth DFV na traseira de um Lotus

Embora a parceria da Ford com a Red Bull marque um retorno à F1 pela primeira vez desde o início dos anos 2000, tendo fornecido motores brevemente para a Jordan e sendo proprietária da Jaguar antes de ser vendida em 2004, Farley diz que deste vez será uma abordagem completamente diferente. 

Ele explicou que, com as unidades de potência da categoria mudando mais para a tecnologia elétrica que está sendo vendida aos consumidores, as oportunidades de transferência técnica direta da pista de corrida para a estrada são algo que não era oferecido desde a década de 1970. 

"Estamos voltando para a F1 de uma forma que não fazíamos no passado", acrescentou Farley. "Acontece que a melhor aerodinâmica do mundo está na Fórmula 1, a melhor telemetria, o melhor diagnóstico digital. E precisamos de todas essas coisas para os carros elétricos. Então, na verdade, estamos voltando aos anos 70 com uma transferência de tecnologia pura."

"Não se trata de possuir nossa equipe. Estamos indo para lá para literalmente transferir tecnologia. Podemos oferecer a tecnologia de baterias para eles, porque em 2026, eles passarão a ser 50% elétricos e precisarão de baterias de alta descarga. Fazemos isso na NHRA, por exemplo. E, por outro lado, podemos obter telemetria, diagnóstico digital e aerodinâmica, que podemos colocar em nossa produção de carros elétricos para diminuir o tamanho da bateria." 

Farley acrescentou que o nível de conhecimento e tecnologia da Red Bull era exatamente o que a Ford precisava para se tornar líder no mercado de carros elétricos. 

"Eles são os melhores do mundo em muitas dessas tecnologias e precisamos deles desesperadamente à medida que o negócio de carros muda", disse ele. "É literalmente como voltar ao ponto em que estávamos há tantos anos: transferência de tecnologia."  

Mas a mudança da Ford para a F1 não se trata apenas de obter tecnologia. Farley disse que as ambições eram bastante claras quanto ao sucesso previsto com a Red Bull na pista. 

"Temos a melhor equipe envolvida", disse ele. "Temos os melhores pilotos, temos o melhor suporte técnico, temos o melhor da Ford em todo o mundo para apoiá-los. Mas a equipe, a equipe de trem de força que eles estão montando em Milton Keynes, é absolutamente de primeira linha. Estamos indo de primeira classe para o topo do pódio."

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