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Presentes em Imola, Berger e ferraristas homenageiam Senna

Ex-companheiro lembrou que brasileiro temia por Tamburello e Alonso chama o tricampeão de "imortal"

Mais de 20 mil pessoas prestigiaram as homenagens a Ayrton Senna e Roland Ratzenberger realizadas no circuito de Imola, na Itália. Dentre eles, estavam o ex-companheiro e grande amigo de Senna, além de ser compatriota de Ratzenberger , o austríaco Gerhard Berger, e a atual dupla de pilotos da Ferrari, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen.

Berger, que se acidentou na mesma curva Tamburello onde Senna morreu, cinco anos antes, lembrou que o amigo se preocupava com a proximidade do muro.

“Quando eu saí do hospital, e tínhamos um teste em Ímola, eu e Ayrton viemos até a Tamburello, olhamos além do muro e vimos que havia um rio atrás dela. Olhamos um para o outro e concluímos que seria impossível mexer no muro, que ele ficaria como está. Não pensamos na ideia de construir uma chicane da maneira que é hoje. Então andamos de volta com a sensação de que não havia o que fazer. E hoje estamos todos aqui, exatamente no lugar que ele morreu. Vamos recordar uma pessoa muito especial e obrigado a todos que estão aqui.”

Fernando Alonso, que sempre apontou Senna como sua grande influência, destacou a adoração pelo piloto mesmo 20 anos após sua morte. Para o espanhol, o tricampeão é um imortal.

“Senna era um grande campeão, para mim era um ídolo desde que eu era criança, quando eu olhava os jornais falando de suas vitórias, sempre com o capacete amarelo e o carro com o número 1. Para muitos da minha geração, ele foi o melhor piloto. Hoje vemos aqui tantas pessoas. Algumas que tiveram a chance de conhecê-lo e de conviver com ele. Mas outras nem eram nascidas quando houve ele morreu. Dá para dizer que ele tocou tantas pessoas que gostam do esporte e, por isso, será sempre imortal.”

Seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen preferiu celebrar as boas memórias dos pilotos mortos naquele final de semana. “São lembranças de emoção, as de vinte anos atrás, neste final de semana muito difícil para a F-1. Perdemos Ayrton e Ratzenberger e foram dias ruins para o esporte a motor. Mas é bom ver tanta gente reunida aqui hoje. É bom ter boas lembranças sobre estes pilotos. Infelizmente tivemos de passar por isso, mas são coisas que trouxeram grandes mudanças positivas para a F-1 em termos de segurança.”

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