Sainz: cancelar temporada 2020 da F1 seria "duro golpe" para o esporte
O piloto da McLaren afirmou que um eventual cancelamento da temporada pela pandemia seria um "duro golpe, difícil de aceitar"
As nove primeiras etapas da temporada 2020 da Fórmula 1 já foram impactadas pela pandemia da Covid-19, com mais duas provas, na França e na Bélgica, em xeque, devido às restrições impostas pelos países. Para o piloto da McLaren, Carlos Sainz, um ano sem corridas seria difícil de digerir, e teria um grande impacto negativo.
Mas o espanhol reconhece que a decisão de abandonar a temporada seria "totalmente compreensível" se a situação da Covid-19 continuar afetando o mundo.
"Eu prefiro pensar que teremos menos corridas do que imaginar que tudo será cancelado", disse Sainz em entrevista a jornalistas espanhóis. "Abandonar a temporada seria um duro golpe que seria difícil de aceitar".
"Se a situação não for controlada, seria totalmente compreensível, mas teria várias consequências negativas para o esporte e para todos ao redor. Vários empregos ficariam em risco, e isso nunca é bom".
Ele acrescentou: "A F1 sofrerá as consequências da pandemia, assim como outros esportes e negócios. Essa situação está ajudando a tornar as equipes cientes de que eles precisam se esforçar, fazer uma autocrítica e concordar com as mudanças".
"Tenho certeza de que, com as regras que já foram acordadas e as decisões tomadas nesses últimos dias, veremos uma Fórmula 1 mais igualitária e sustentável. É um esporte cheio de pessoas brilhantes, grandes engenheiros e profissionais com uma grande infraestrutura e eu acho que podemos ser um exemplo de como podemos sair mais fortes dessa situação".
Sainz sente que, se a temporada começar, ela deverá ter um número de corridas mais próximo de dez, ao invés das 18 a 20 que os chefes da categoria estão esperando fazer.
"Agora, estão sendo consideradas diversas opções. Eles já anunciaram o cancelamento de alguns GPs, como Mônaco. Os circuitos de rua são mais difíceis por causa da bagunça que eles causam e como é difícil adaptar a região".
"Eu pessoalmente acho que teremos uma temporada de cerca de dez corridas, diria que entre oito e 14, ao invés de 20. Olhando para a situação, se você fizer os cálculos, não tem espaço para muito mais que isso".
"Tenho certeza que a temporada será muito mais curta que o calendário original, talvez com mais de uma corrida no mesmo circuito, provavelmente com portões fechados, e com dois dias de duração em vez de três. Será um campeonato muito diferente do que já tivemos na história da F1 até agora".
O espanhol também disse que seria contra o conceito de uma "super temporada" no estilo do WEC, que segue até o ano seguinte.
"Acho que é muito cedo para optar por uma super temporada. Temos que tentar fazer a melhor temporada 2020 possível. Se tivermos que fazer uma super temporada, é uma decisão que será tomada pelas autoridades relevantes. Pessoalmente, não gosto da ideia".
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