Senna explica por que é ruim ceder o carro nos treinos livres
Segundo brasileiro, falta de confiança o leva a desgastar mais os pneus quando vai à pista e atrapalha todo o GP
Com o campeonato tão apertado, qualquer detalhe faz diferença. Até, segundo Bruno Senna, o fato de perder a primeira sessão de treinos livres. O brasileiro, que, por força de contrato, cederá seu Williams para Valtteri Bottas em mais 11 sessões no ano – já o fez em quatro oportunidades – revela as dificuldades de perder 1h30 de tempo de pista por final de semana.
“A grande diferença é a seguinte: quando eu chego no segundo treino, todos já fizeram um treino inteiro. Tenho duas voltas com cada pneu para acertar a volta mais rápida. Mas você chega na pista sem muita referência e sem entender como estão as condições. Então, quando faz a primeira volta, nunca acerta. É difícil acertar logo de cara. E, na segunda, o pneu não está tão bom. Daí você tem de trocar de composto e descobrir as diferenças entre os dois.”
Com a alta degradação de pneus, como explica Senna, uma volta em que o carro escorrega demais acaba atrapalhando toda a programação.
“Você fica sem referência e chega no treino com o pé muito atrás. Assim, você tem que fazer um pouco mais de voltas, o que danifica ainda mais os pneus. Quando chega para fazer a simulação de corrida, seus pneus estão com muito mais dano do que o carro do Pastor [Maldonado], por exemplo. Não necessariamente por fazer mais voltas, mas porque atacou mais no lugar errado. O Pastor chega com uma referência muito mais sólida para o segundo treino. Isso é bem difícil e reflete, normalmente, no resto do final de semana.”
O tamanho do efeito maléfico de se perder uma sessão de treinos livres varia de acordo com a pista: quanto maior a tendência a gastar pneu, pior.
“Quando as coisas começam muito bem no segundo treino, a diferença fica menor. Mas, em Barcelona, por exemplo, onde, por causa da degradação, você tinha uma volta para fazer com o pneu, era muito difícil conseguir acertar e ter um pneu bom para fazer uma sequência maior de voltas. Em outros circuitos, é menos crítico.”
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