Série que conta bastidores de brasileiros na F1 estreia nesta sexta-feira
Produzida por Ernesto Rodrigues, autor da biografia de Ayrton Senna, série tem transmissão pelo Canal Brasil
Os fãs da Fórmula 1 podem começar a esfregar as mãos. Nesta sexta-feira, a partir das 18h50 no Canal Brasil, uma nova série-documentário estará no ar. Trata-se de “Brasil na Pista”, produzida e dirigida pelo jornalista Ernesto Rodrigues, autor da biografia "Ayrton: O Herói Revelado" e da série "Ayrton, Retratos e Memórias".
"Entrevistei todos os pilotos vivos, do Emerson Fittipaldi ao Felipe Massa, exceto o Maurício Gugelmin e o Pedro Paulo Diniz, e foram ótimas histórias”, disse Ernesto com exclusividade ao Motorsport.com em live no Instagram em maio, quando divulgou a ideia.
“A série terá imagens oficiais da F1. Comprei quase 500 fotos. Reconstituo muitos momentos da vida do Emerson, do Chico Serra e até do Ingo Hoffmann, que acha que não passou pela F1, mas me deu uma boa entrevista. Todos tinham uma boa história para contar.”
“É uma série que mostra muito dos bastidores, não vai falar como foi o campeonato, os pilotos contaram muita sacanagem. Nenhuma entrevista ficou com menos de uma hora. Ficou um trabalho fantástico que devo lançar assim que terminarmos esse pesadelo que todos estamos vivendo.”
As ausências citadas por Ernesto tiveram justificativas diferentes. Enquanto Diniz não falou por causa de um desencontro com assessores, Gugelmin surpreendeu: “O Gugelmin disse: ‘Olha, eu risquei automobilismo da minha vida, me desculpe, bom trabalho, boa sorte, mas não quero falar’. Foi uma resposta tão contundente que eu nem insisti", contou Rodrigues.
Senna representado e Felipe Massa em dobro
Ernesto Rodrigues foi obrigado a fazer duas entrevistas com Felipe Massa, o penúltimo piloto brasileiro a correr na F1, em sequência quebrada por Pietro Fittipaldi em 2020.
“Tem uma história muito engraçada. Eu perdi a entrevista com o Massa, por um erro que ocorreu com a nossa equipe no manuseio dos cartões. O que era com a entrevista do Massa foi apagado. Felizmente, com a ajuda do pai dele, consegui uma ótima entrevista de novo, então eu tive esse grande susto.”
Obviamente, Ayrton Senna não foi deixado de lado, com várias passagens de outros pilotos falando sobre o brasileiro. Uma delas, contada pelo jornalista italiano Alberto Sabbatini, mostrava bem qual seria o destino do piloto caso pudesse continuar sua carreira na F1.
“O Senna estava treinando com a McLaren em Ímola, 1990, naqueles testes durante a temporada. O circuito estava cheio de torcedores da Ferrari e o Ayrton mal conseguia falar com o Alberto Sabbatini, porque os tifosi começaram a vaiá-lo e gritar o nome da Ferrari. Em um certo momento, o Senna disse: ‘Guarde essas imagens, porque quando eu correr pela Ferrari, eles vão gritar meu nome.”
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