O GP da Itália de F-1, que será disputado neste fim de semana em Monza, terá como novidade a presença de duas zonas para a ativação da asa móvel.
A ideia é aproveitar melhor as retas e provocar mais ultrapassagens. No entanto, alguns pilotos, como Alonso e Webber, não acreditam em tanto ganho aerodinâmico com o sistema.
"Aqui não existe tanta resistência aerodinâmica, pois a asa já é pequena aqui. Com o DRS, ganhamos apenas a metade da velocidade extra, em relação a qualquer outro circuito", afirma o asturiano.
"A velocidade vai aumentar, mas não como Silverstone. Mas vai funcionar. Não sabemos a efetividade em relação à concorrência. Funcionará, mas pouco, mas é tudo relativo", ressalta Webber. "Como sempre, só saberemos no domingo à noite se era pra ser conervador ou agressivo. É difícil acertar isso, entender o quão forte deverá ser."
Quem se mostrou entusiasmado com a zona dupla de DRS é Pastor Maldonado: "Em Monza, mesmo sem o DRS, já se passava muito aqui. Agora, com o DRS, vai ser ainda mais. É sempre interessante passar alguém, não é tão simples quanto as pessoas falam, especialmente para equipes como a nossa. Vamos ver o que acontece aqui. Vai ser uma incógnita, mas creio que podemos nos divertir muito e acho que veremos uma boa corrida."
Assim como Maldonado, Button se anima com o artifício, e afirma que isso tornará a corrida interessante, pois a largada e a primeira curva não terão tanta importância. "Em Monza você não precisa largar da primeira curva, mas é difícil encontrar o caminho na primeira curva. Ficar fora de problemas e classificar bem é importante, mas a curva 1 não é essencial, pois você pode jogar mais o jogo com a asa móvel."
Já Bruno Senna destaca que as poucas curvas podem tornar a prova menos emocionate que Spa, mas considera que a prova será interessante."A probabilidade de ultrapassagem é maior, mas tem menos curvas que Spa. Seguir o carro da frente com menos downforce não é mais fácil. Vai ser interessante ver como serão as ultrapassagens."
"Todo mundo tem um kit de asa só para Monza. Diferente do duto, você só pode usar a asa perto do outro e, se ela tiver muita carga, não dá para chegar. O jeito é achar um ponto de equilíbrio", completa.
(Colaboraram Felipe Motta, Julianne Cerasoli e Luis Fernando Ramos, de Monza)