F2 deve ser tornar “obrigatória” após mudanças na F1
Principal categoria do automobilismo irá rever seu sistema de pontos para obtenção de superlicença, o que deverá tornar a F2 ainda mais importante
O sistema para a obtenção da superlicença da F1 passará por mudanças, o que transformará a F2 praticamente em um passo obrigatório para os pilotos. Quem garante é o diretor técnico da divisão de acesso, Didier Perrin.
No momento, os campeonatos de F2, F3 Europeia, Fórmula E, Indy e LMP1 do WEC proporcionam os 40 pontos necessários para obter a superlicença, documento obrigatório para os pilotos que querem competir na F1.
Se um piloto não for campeão em nenhuma dessas categorias, ele precisa ter obtido ao menos 40 pontos nos três anos anteriores.
Perrin explicou que o sistema de pontuação para a superlicença será modificado para que a F2 ofereça mais pontos para os competidores que obtiverem sucesso por lá.
“O sistema de pontos para a superlicença será revisto. Será praticamente obrigatório correr na F2 – na teoria não será obrigatório de fato, mas será o melhor caminho para a F1”, disse Perrin ao Motorsport.com.
“É muito importante. Queremos voltar a valorizar a competitividade do piloto em vez de sua carteira. Isso irá promover muito a F2, já que ela será a categoria que dará mais pontos e a melhor preparação técnica para ir à F1.”
“Isso será divulgado em breve. Não quero falar em nome da FIA, já que ela divulgará isso, mas tudo será feito para que a F2 seja quase que um pré-requisito para a F1.”
O campeonato da F2 foi rebatizado em 2017, deixando de ser GP2. Ela passou a estar sob o controle regulamentador da FIA, o que efetivamente completou a meta da entidade em ter uma “pirâmide” de competições de monopostos – da F4 à F1.
O lançamento do F2 2018 – primeiro monoposto a contar com a proteção do cockpit estilo Halo – foi acompanhado de perto por Ross Brawn e Charlie Whiting, que indicaram querer laços mais estreitos entre a F2 e a F1.
Também há indícios de que a F1 tentará estabelecer com suas categorias de base uma relação semelhante ao que se vê na MotoGP – Moto2 – Moto3, o que poderia trazer benefícios esportivos e comerciais às classes.
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