Garantido na F2, Drugovich não vê ano único na F3 como obstáculo em 2020
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, segundo nome brasileiro confirmado na principal categoria de acesso à F1 não coloca meta para campeonato que começa em março
Na última semana foi anunciada a confirmação de Felipe Drugovich no campeonato da F2 para 2020, competindo na equipe MP Motorsport. O piloto de apenas 19 anos é uma das promessas do automobilismo brasileiro, que encarará mais um ano, o terceiro, sem um representante do país no grid da Fórmula 1. Além dele, Pedro Piquet também já havia sido anunciado para a temporada.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, o piloto paranaense admitiu que a ‘ficha’ ainda não havia caído, tamanha a emoção de chegar a um dos principais campeonatos de monopostos do mundo.
“A ficha demora um pouco para cair”, disse Drugovich. “Já estávamos nos programando antes, mas a sensação é incrível. Mesmo não tendo a certeza se um dia você estará na F1, você se sente muito feliz com o que fez e isso dá muita confiança, depois de um ano difícil, como em 2019.”
Após um ano de extremo sucesso na Eurofórmula Open em 2018, com o título vindo após 14 vitórias em 16 corridas, Drugovich não conseguiu se aproximar de tamanho desempenho na FIA F3 em 2019. O piloto negou que ter corrido apenas um ano na F3 atrapalhe seus planos na F2.
“Teoricamente sim, mas acho que por eu ter dois anos, se contarmos a Eurofórmula como F3, acho que tenho bastante experiência e a maior diferença seria com os pneus Pirelli que são mais difíceis de correr, de classificar, de manter a mesma vida do pneu durante a corrida e acho que isso você aprende bem na F3, mesmo não estando no topo dela. Mesmo não tendo os resultados que queria, consegui aprender bastante sobre os pneus e já nos testes de Abu Dhabi da F2, percebi que tem um comportamento bem similar.”
E preferiu, no primeiro momento, não colocar qualquer meta ou objetivo para 2020: “Para esse ano, não posso colocar metas e nem objetivos. Tenho que aprender e tentar o melhor desempenho possível na pista. É uma categoria bastante diferente, com corridas mais longas, pit stops, então acho que mesmo se eu quisesse colocar uma meta, eu não seria preciso.”
“Preciso primeiro correr as primeiras provas e ver em que barco estaremos para depois colocar uma meta para o ano. No momento, só penso em entrar no carro e melhorar a cada vez que entrar lá e ficar tranquilo todas as vezes que eu for para a pista.”
Drugovich participou dos testes da F2 em Abu Dhabi, após o término da temporada. Mesmo guiando um F2 por pouco tempo, o piloto conseguiu comparar as duas máquinas.
“Acho que um F2 é, basicamente, um irmão maior do F3. O estilo de guiada é bem parecido, o jeito que o carro se comporta também, só que tem mais potência, é um pouco mais pesado, tem bem mais downforce e tem mais freio, até por ser de carbono.”
“O que mais me impressionou foi o freio de carbono que faz você ter uma freada mais extrema, em comparação ao F3. É lógico que o F2 também tem mais desgaste de pneu, tem pit stop e então isso é bem diferente. Mas as maiores diferenças são o freio e o downforce.”
Confira imagens de Felipe Drugovich durante teste da F2 em Abu Dhabi
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