Ataque com míssil durante etapa da F-E na Arábia Saudita preocupa F1; entenda

Etapa em Jeddah já está cercada de polêmicas, com entidades de defesa aos direitos humanos pedindo que Hamilton boicote o GP

Robin Frijns, Envision Virgin Racing, Audi e-tron FE07 Sam Bird, Jaguar Racing, Jaguar I-Type 5

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Zak Mauger / Motorsport Images

A segunda corrida da Fórmula E em Diriyah, na Arábia Saudita, foi marcada por diversos incidentes, dentro e fora das pistas. Se no circuito de Riyadh a etapa contou com inúmeros acidentes, incluindo o de Alex Lynn, que levou o piloto ao hospital, fora dele, a interceptação e destruição de um míssil pode ter passado por despercebido em um primeiro momento, mas agora cria preocupações para outros eventos no país, incluindo a Fórmula 1.

Uma coalizão liderada pelo país saudita confirmou a destruição do míssil no sábado. O projétil teria sido lançado pela milícia Huti, do Iêmen, que está em conflito com a Arábia, e teria como destino a capital Riyadh, que fica a menos de 20 quilômetros de Diriyah.

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Os vídeos das explosões no céu árabe começaram a circular nas redes sociais logo após o acontecido. A primeira informação apontava que o sistema antimísseis do país havia entrado em ação para prevenir um ataque a uma zona próxima ao circuito.

Minutos depois, a agência Reuters emitiu uma nota com a seguinte informação: "A coalizão liderada pela Arábia Saudita, que luta contra a milícia huti, disse no sábado que frustraram um ataque com mísseis balísticos na capital saudita, Riyadh, segundo informações da televisão estatal".

"A coalização também disse que detectou o lançamento de vários drones carregados de explosivos no território huti. Um deles foi interceptado e destruído segundo a agência estatal de notícias SPA. A coalização disse que havia destruído outro a caminho da cidade de Khamis Mushait".

 

Repórteres de diversos veículos de imprensa presentes no circuito, entre eles o Motorsport.com, disseram que não chegaram a assimilar a explosão com mísseis, com alguns inclusive afirmando que acreditavam que se tratavam apenas de fogos de artifício.

A prova, que teve como vencedor o piloto da Jaguar Sam Bird, contou com a presença de diversas autoridades do país, incluindo o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. 

As principais consequências do ataque para a categoria vieram apenas depois, com diversos pilotos e membros das equipes não conseguindo embarcar em seus voos para a Europa, sendo forçados a voltarem aos seus hotéis até segunda ordem. Mas o fato causou espanto na F-E, já que a Arábia Saudita é considerada um palco importante para a categoria, sendo até o momento o único ePrix confirmado da temporada 2021-22, que deve começar em dezembro.

E as consequências desse impacto reverberam também na Fórmula 1, que correrá pela primeira vez na Arábia Saudita neste ano em dezembro, no circuito de rua de Jeddah, segunda maior cidade do país. A evolução do conflito com o Iêmen ao longo dos próximos meses pode acabar impactando o evento.

A etapa já é alvo de diversas polêmicas. Muitas entidades ligadas à defesa dos direitos humanos criticam a F1 por acrescentar o evento ao seu calendário, afirmando que o país usa seus eventos esportivos como cortina de fumaça, para esconder violações em suas prisões e às populações femininas e LGBTQIA+.

Na semana passada, um grupo de 47 ONGs assinaram uma carta pedindo que o heptacampeão Lewis Hamilton boicote o evento: "Espero que esteja com os defensores dos direitos humanos sauditas, como Loujain AlHathloul [ativista saudita presa por defender o direitos das mulheres a dirigir carros]. Nesta carta, as organizações tratam da prisão e do tratamento de defensores dos direitos das mulheres, como Loujain AlHathloul, e do assassinato brutal da jornalista Jamal Khashoggi em outubro de 2019".

A carta inclui: "Como organizações profundamente preocupadas com as violações dos direitos humanos no Reino da Arábia Saudita, pedimos que você reconsidere sua participação na corrida a ser realizada na Arábia Saudita em 2021".

"Mas se isso não for possível, por causa de compromissos anteriores, pedimos que você faça uma declaração na corrida".

Quando a F1 confirmou a inclusão da Arábia Saudita no calendário, em novembro do ano passado, a reação foi imediata e muitos jornalistas pediram que Hamilton comentasse o fato, mas o heptacampeão pediu tempo para buscar mais informações.

Tanto a organização do evento quanto o Príncipe da Arábia Saudita desconversam quando perguntados sobre as críticas, afirmando que o GP não será usado como cortina de fumaça para esconder violações.

A Fórmula 1 inicia sua temporada 2021 no próximo dia 28 de março com o GP do Bahrein, enquanto a etapa da Arábia Saudita será a penúltima do ano, apenas em 05 de dezembro. Já a Fórmula E inicia sua sequência de corridas na Europa a partir de 10 de abril, com o eP de Roma, que terá um novo traçado para esta edição.

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