Análise

Análise: Retrospecto de 2º carro da Foyt joga contra Leist

Gaúcho assegura vaga para estrear na Indy em carro de time tradicional, mas o que esperar de seu desempenho?

Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Michael L. Levitt LAT Photo USA

Polesitter Matheus Leist, Carlin
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
2016 Champion Matheus Leist, Double R Racing
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
Race winner Matheus Leist, Carlin
Tony Kanaan, Eric Cowdin, race engineer, A.J. Foyt
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
Matheus Leist, Carlin takes the win
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
Conor Daly, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet
Race winner Matheus Leist, Carlin

Os caminhos tortuosos do automobilismo acabaram levando o gaúcho Matheus Leist, de 19 anos - campeão da Fórmula 3 inglesa em 2016 – aos Estados Unidos em 2017 para ir atrás do sonho de competir em um dos maiores campeonatos do mundo.

Após ter de procurar uma alternativa devido à falta de apoio por uma vaga no campeonato da GP3 neste ano, Leist encontrou um novo rumo para a carreira na Indy Lights. Logo em sua primeira corrida em um oval, ele já triunfou. E não foi em qualquer corrida. O gaúcho venceu sua primeira de três provas no ano nas 100 Milhas de Indianápolis, preliminar das tradicionais 500 Milhas.

Sua vitória na prova mais importante do ano e sua consistência durante o campeonato chamaram a atenção de várias equipes da Indy. No meio deste ano, ele até mesmo chegou a testar pela Andretti Autosport. Com o fim da temporada, Leist escolheu por subir para a maior categoria de monopostos dos EUA para competir em uma das equipes mais tradicionais: a AJ Foyt Enterprises.

Mas o que esperar da performance do promissor jovem de 19 anos ao lado de Tony Kanaan em 2018?

Dado o desempenho do time nos últimos anos, não muito. A Foyt, desde que a IRL passou a contar com equipes como Penske, Chip Ganassi e Andretti, venceu apenas uma corrida – com o errático Takuma Sato em Long Beach em 2013.

E, desde que o segundo carro do time do lendário AJ Foyt passou a correr a temporada inteira da Indy, seus resultados não foram nada animadores.

Jack Hawksworth utilizou o equipamento (ainda com o #41) nos primeiros dois anos, em 2015 e 2016. Não conseguiu nada mais que cinco top-10s em 32 provas disputadas. No último ano (já com o #4 que será usado por Leist), o carro foi guiado por Conor Daly, que mesmo sendo batido pelo companheiro Carlos Muñoz, ainda conquistou o melhor resultado do time no ano – um quinto em Saint Louis.

Mas o que estes resultados dizem? Que Leist terá trabalho. Mas não só ele. Tony Kanaan, entrando em sua 21ª temporada na Indy, tem como missão fazer o time retornar ao caminho dos bons resultados após quatro anos abaixo da expectativa na Chip Ganassi.

Para Leist, entrar em uma equipe que há tanto tempo não sabe o que é estar consistentemente entre as mais fortes do meio do pelotão, pode representar um grande desafio em seu primeiro ano. Mais do que nunca, o talento que mostrou na F3 inglesa e em sua primeira temporada na Indy Lights lhe será útil.

Certamente o fato de falar a mesma língua do companheiro de equipe, campeão da Indy em 2004 e vencedor da Indy 500 em 2013, pode representar um ganho ao gaúcho. Aos 43 anos, Kanaan tem tudo para ser um aliado poderoso para Leist pela grande experiência que possui.

Mesmo assim, caberá a Leist administrar suas emoções na primeira temporada. Apesar do grande passo e de ser o mais jovem do grid, os resultados podem demorar a chegar e ele não deve se cobrar demais por isso – algo complicado para um jovem de 19 anos que conquistou tanto em tão pouco tempo.

O melhor exemplo para Leist é o atual campeão, Josef Newgarden. Antes de chegar à Penske em 2017, ele passou anos difíceis andando por times médios, mas provando seu talento a cada oportunidade.

Da qualquer forma, um novo piloto brasileiro de potencial brilhando no cenário internacional é uma excelente notícia para o nosso automobilismo que em 2017 perdeu Hélio Castroneves na Indy e Felipe Massa na Fórmula 1.

Boa sorte a Leist!

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