Natural de Ribeirão Preto e uma das estrelas não só da Indycar, mas do automobilismo brasileiro e do mundo das celebridades, Helio Castroneves tratou de se isentar da posição de destaque do fim de semana no Anhembi.
"No momento sou o vice-líder, o que é importante, mas o cara que temos de prestar atenção é o Will Power", conta o tricampeão da Indy 500, que, em entrevista coletiva nesta quinta-feira em São Paulo, falou bastante sobre o carro novo, a coqueluche desta temporada.
Segundo o representante da Penske, que nunca foi campeão da Indy, o carro se mostrou "menos chato" que parecia e suas evoluções o fizeram resgatar algo que estava guardado em seu subconsciente há 20 anos: frear com o pé esquerdo e acelerar com o direito.
"Só tive a oportunidade de andar em janeiro, enquanto o Power teve o privilégio de testar já no fim de outubro. Esperava uma coisa tão diferente que não achei tão ruim. É como o filme que você espera ser chato, mas, no fim, acha legal", analisa.
"Tive uma certa adaptação. Antes freava com o pé direito e, agora, como temos dois pedais, decidi guiar como no kart. O começo é meio estranho, mas é como voltar 20 anos no tempo. O fato do freio de carbono ser diferente do freio de ferro que usávamos não dificultou na adaptação", comenta Castroneves.
Sobre o bom início de campeonato, Helio celebrou o fato de ter suplantado o começo ruim de 2011. "Mudamos um pouco o começo de temporada que tivemos no ano passado. Começamos com vitória em uma estrategia diferente, depois largamos na pole e terminamos em segundo. Só em Long Beach que não deu para ficar nem entre os dez primeiros, pois o Viso segurou muito nossa vida."
Por fim, Castroneves se isentou do acidente com Barrichello em Long Beach, que gerou até uma reclamação do compatriota: "No incidente com o Rubinho, é claro que não queria tocar nele e nem senti o toque."