Mesmo sem quebrar, Alonso não ganharia Indy 500, diz Sato
Vencedor da Indy 500 está revendo a edição de 2017 que o coroou como o vencedor e viu a estreia de Alonso em uma nova categoria
Fernando Alonso estreou em maio passado nas 500 Milhas de Indianápolis e, como ele mesmo reconheceu, foram as melhores duas semanas do ano. O espanhol, um novato na categoria, afirmou seu talento enfrentando os melhores da Indy e liderando a corrida por muitas voltas.
No entanto, uma quebra no motor da Honda a 21 voltas da bandeira quadriculada pôs fim à participação de Alonso na Indy 500. O triunfo na edição de 2017 das 500 milhas foi para Takuma Sato depois de uma emocionante disputa cabeça a cabeça com Helio Castroneves. O japonês, falando ao Autosport (publicação irmã do Motorsport.com e de propriedade do Motorsport Network), falou se Alonso poderia ter ganhado sem a sua quebra.
"A primeira e a última partes da corrida são totalmente diferentes e a maneira como você pilota também é diferente. Fernando disse que queria liderar a corrida, que não queria estar no meio do tráfego, mas quando você está liderando consome muito combustível".
Sato, companheiro do espanhol na Andretti, revela que a configuração do chassi de Alonso tornaria difícil para ele ser competitivo na última parte da corrida: "Ele provavelmente foi um dos com menos downforce de todo o grid, por isso dava para ver como ele acelerava para ultrapassar".
"Alexander Rossi [que também tinha um carro da Andretti] tinha uma carga aerodinâmica semelhante à de Fernando e também liderou a corrida no início. Mas nas últimas dez voltas, quando está competindo e tem pouca carga aerodinâmica, seguir outros carros é difícil. Então eu não sei. O único que posso dizer é que ele foi um candidato à vitória e foi ótimo ver sua determinação".
As boas palavras do ex-piloto de Fórmula 1 sobre Fernando não terminam aí. Embora a presença do asturiano na 101ª edição da mítica corrida tenha ofuscado de alguma forma o triunfo de Sato, ele celebra o atrevimento e a atuação de Alonso: "Não havia dúvida de que ele iria aprender muito rápido e na verdade ele o fez. Foi ao simulador a cada manhã e à tarde fez os testes reais na pista em Indianápolis".
Para Sato, não existe uma corrida melhor do que a de Indianapolis para alguém que muda de categoria: "A Indy 500 é realmente a melhor corrida para um recém-chegado porque, ao contrário de outras, você tem apenas dois treinos de 45 minutos e então vai diretamente para a classificação, nas 500 Milhas você tem uma semana de treino livre do meio dia às cinco ou seis da tarde. Tem muito tempo para aprender".
Como disse o próprio Alonso (que também foi escolhido o melhor novato da Indy 500), Sato reforça a sensação de que o bicampeão mundial da F1 aproveitou a Indy como em nenhum outro lugar durante o ano: "Fernando sorriu todos os dias. Ele parecia estar gostando. Conversamos muito, nas reuniões da equipe e em particular, ele se divertiu muito e mostrou grande velocidade de imediato".
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