Por erro da KV, Kanaan tem pane seca e perde chance de vitória
Mão não incomodou tanto o brasileiro, que lutava pelo pódio quando ficou sem combustível. Bia abandonou no começo
Tony Kanaan terminou apenas na 21ª posição, a três voltas do líder. Mas por tudo que envolveu o piloto da KV nos últimos dias, ele foi um dos grandes nomes da prova e empolgou o público que foi ao Anhembi. Tony sofreu uma contusão nos ligamentos da mão, após acidente em Long Beach e sua participação na prova chegou até a ser colocada em dúvida. Mesmo com dores, ele disputou a vitória, mas acabou ficando sem combustível após erro de estratégia da equipe e saiu da luta pela vitória.
“Às vezes a gente, como ser humano, é um pouco egoísta e quer vencer, quer o troféu e não aceita este tipo de coisa. Mas tive 20 voltas para pensar após a pane seca e tento ver as coisas pelo lado positivo. A torcida nos apoiou o tempo todo e na hora que fiz o ‘X’ no Hunter-Reay, fiz questão de olhar para a arquibancada e vi que não teve um torcedor que não ficou de pé. Quando parei sem combustível, também todos gritaram meu nome, então isso é algo pra se considerar também”, relativizou o piloto após a prova.
Pelo carro competitivo, Tony elogiou a melhora da KV, mas lamentou o fato de mais uma vez ter ficado sem a vitória. A equipe ainda não venceu, desde que estreou na Indy. “Estamos melhores, chegando perto da vitória, mas precisamos ir até o fim. Hoje houve um erro, mas é a equipe toda, não só o engenheiro. Inclusive erro meu. Todos perdemos juntos e ganhamos juntos e este engenheiro que hoje pode ter falhado na estratégia, é o mesmo que já ganhou comigo 12 das minhas 15 vitórias na Indy. Eu mesmo tenho a informação da quantidade de etanol em meu volante e poderia ter pedido para entrar antes nos boxes, então o erro é de todos”, argumentou o brasileiro.
Segundo Tony, o erro na estratégia pode ter origem técnica. “Não sei o que houve. Segundo o número que aparecia tanto para mim, quanto para a equipe, ainda havia combustível suficiente. Algo aconteceu aí no meio do caminho e acabou tirando a minha chance de vitória”, lamentou.
A mão que tanto o incomodou nos últimos dias não foi um grande problema neste domingo e Tony não vê possibilidade de não correr na próxima etapa em Indianapolis. “A mão não incomodou tanto. Está melhorando e até Indianapolis a contusão deve ser quase zero. Além disso, se eu sobrevivi aqui, que exige muito mais, em Indianapolis será bem mais tranquilo. Já corri lá em condições piores e cheguei ao pódio”, comentou.
Tanto não incomodou que Tony ainda fez a volta mais rápida da prova no final da corrida. O piloto já estava três voltas atrás, sem nenhuma chance, e aproveitou que estava de pneus novos e pouco combustível para ir atrás de bons tempos. “Eu não tinha mais chance, então deixei os adversários irem e me afastei um pouco pra não me envolver em confusões. Aí acelerei, passei a me divertir um pouco, eu e meu carro. Ainda tinha também dois push-to-pass pra utilizar a aproveitei”, revelou Tony.
Assim como Tony, Bia Figueiredo também não tinha muito o que comemorar. Ela foi a primeira a abandonar a prova, com problema na caixa de câmbio logo na sexta volta. “O escapamento do carro quebrou mais uma vez e isto superaqueceu a caixa de câmbio. Estava na reta da Olavo Fontoura e na hora que fui passar da quinta para a sexta, a marcha não entrou. Depois o carro morreu e como o problema era muito difícil de solucionar, não deu para voltar”, disse a piloto. “Mas foi muito bom receber todo o apoio do público que foi ao Anhembi”, completou.
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