Após 'bronca' da Dorna, Suzuki confirma que negocia saída da MotoGP no fim do ano
Detentora dos direitos da categoria, a Dorna Sports anunciou que existem equipes e montadoras interessadas em ocupar a vaga
A Suzuki oficialmente confirmou que negocia com a Dorna Sports sua saída do grid da MotoGP após o final da temporada 2022. Na semana passada, o Motorsport.com revelou que a direção da montadora japonesa juntou toda a equipe durante os testes de Jerez para anunciar a decisão.
A notícia surgiu do nada e chocou toda a equipe o paddock da MotoGP, já que a Suzuki havia voltado ao esporte apenas em 2015.
A Suzuki deveria divulgar um comunicado à imprensa confirmando a história, mas os planos foram alterados após um comunicado da Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais da MotoGP, relembrando que uma decisão do tipo não podia ser unilateral.
Todas as seis montadoras presentes no grid atualmente têm um contrato com a Dorna para competir na MotoGP até o fim de 2026, e a decisão da Suzuki teria ramificações legais e econômicas.
Mas em um comunicado divulgado nesta quinta antes do início das atividades para o GP da França, a Suzuki confirmou que pressões financeiras causadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia forçou a montadora a iniciar discussões com a Dorna.
"A Suzuki Motor Corporation está em negociações com a Dorna sobre a possibilidade de encerrar sua participação na MotoGP no fim de 2022. Infelizmente, a atual situação econômica e a necessidade de concentrar seus esforços nas grandes mudanças que a indústria vive neste anos forçam a Suzuki a mudar o rumo de seus gastos e recursos humanos no desenvolvimento de novas tecnologias".
"Gostaríamos de expressar toda nossa gratidão à equipe Suzuki Ecstar, a todos que apoiaram as atividades da Suzuki no esporte por muitos anos e a todos os fãs da Suzuki que nos deram seu apoio entusiasmado".
Joan Mir, Team Suzuki MotoGP
Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images
No comunicado divulgado na semana passada, a Dorna revelou "altos níveis" de interesse de equipes independentes e montadoras para se juntarem ao grid da MotoGP com a saída da Suzuki, com o time da Moto3 Leopard confirmando ao Motorsport.com que quer assumir a vaga da Suzuki como cliente da Aprilia.
A Suzuki já havia saído da MotoGP no fim de 2011 após uma sequência iniciada em 1974, conquistando título com Barry Sheene, Marco Lucchinelli, Franco Uncini, Kevin Schwantz e Kenny Roberts Jr.
A montadora teve vitórias na era de motos 4 tempos antes de sua saída no fim de 2011, devido aos efeitos da crise financeira de 2011.
Com a mudança no regulamento técnico da MotoGP em 2016, com a introdução de peças padronizadas de eletrônica e regras de concessão, com o objetivo de ajudar montadoras com rendimento menor, a Suzuki montou o retorno para 2015.
Em 2016, Maverick Viñales deu à Suzuki a primeira vitória dessa nova fase, no GP da Grã-Bretanha, e a montadora voltou a conquistar títulos em 2020, com Joan Mir. Em 2022, a equipe teve um início forte de campeonato, com dois pódios de Álex Rins e Mir frequentemente no top 6, colocando ambos na disputa pelo título até aqui.
A decisão da Suzuki deixa em aberto os futuros de Mir e Rins, apesar do Motorsport.com apurar que o campeão de 2020 é o favorito para assumir a vaga de Pol Espargaró na Honda, ao lado de Marc Márquez.
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