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MotoGP - Max Bartolini: "Levará anos para recuperar atraso da Yamaha"

""Estamos cientes de que será um caminho longo e difícil. Mas estou satisfeito com meus primeiros seis meses aqui", explicou o italiano

Max Bartolini: A Yamaha precisará até o final de 2026

A chegada de Massimo 'Max' Bartolini à Yamaha garantiu os serviços de um dos técnicos mais experientes na MotoGP este ano. O italiano, que veio da Ducati, trouxe uma lufada de ar fresco e uma nova maneira de trabalhar para a equipe, que tem incansavelmente tentado se recuperar da antiga forma.

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Em entrevista ao site oficial MotoGP.com, Bartolini comentou sobre seus primeiros seis meses com o time e as dificuldades que enfrentam.

"Obviamente, temos muito trabalho a fazer, mas fiquei surpreso como todos estão trabalhando para diminuir a diferença".

"Estamos cientes de que será um caminho longo e difícil. Mas estou satisfeito com meus primeiros seis meses aqui. O que encontrei corresponde mais ou menos à imagem que consegui formar do lado de fora".

"Como eu disse, é um longo caminho. Não acho que estejamos fazendo algo fundamentalmente errado. Só precisamos melhorar nosso pacote geral e isso geralmente leva um pouco mais de tempo do que encontrar um problema ou uma falha. Levará anos para recuperar o atraso", afirma o diretor técnico da Yamaha.

A Yamaha não será competitiva novamente até 2026?

Mesmo com esse cenário se apresentando, isso não significa que a Yamaha não tem um plano a curto prazo. "No que me diz respeito, devemos ser capazes de diminuir um pouco a diferença no próximo ano, defende Bartolini.

"Mas chegar mais perto é uma coisa, tornar-se competitivo é outra. Portanto, esperamos nos aproximar na próxima temporada e voltar a ser competitivos na temporada seguinte".

A nova equipe satélite na forma da Pramac também deve ajudar nisso. Isso significa que haverá, mais uma vez, quatro Yamahas no grid a partir da temporada de 2025 e dará maior espaço para a equipe fazer pesquisas e entender o desempenho das motos.

"Isso é muito importante, porque com mais pilotos você tem uma comparação, e isso é sempre bom. Fica mais fácil para nós, como técnicos, encontrarmos uma direção".

Álex Rins, que, como Bartolini, entrou na equipe de fábrica da Yamaha nesta temporada, concorda com ele em seu prognóstico:

"Sabemos que não estaremos de volta à frente de um dia para o outro. É um projeto de longo prazo. Já trabalhamos muito no motor, na [parte] eletrônica e no chassi. Mas não é o caso de Max vir da Ducati e a moto estar de volta ao nível máximo. Para nós, o importante agora é usar toda a nossa experiência e dar um bom feedback para a equipe", enfatizou o espanhol.

"Isso não é fácil e leva tempo. Será apenas em 2026? Pode acontecer mais cedo ou mais tarde. Mas eu ainda acredito nesse projeto".

Rins já fez testes com sete motores diferentes

Rins confira que às vezes não e sente como um piloto de testes, como disse recentemente o companheiro de equipe Fabio Quartararo.

"Eu não diria que me sinto como um piloto de testes. Também estou em uma situação um pouco diferente da de Fabio".

"Ele tem experiência com essa moto. Se ele ficar um pouco perdido, voltará para a configuração do ano passado. Eu, por outro lado, tenho que experimentar coisas e testar diferentes configurações. Isso nem sempre é fácil, mas quando não se tem nada a perder e não se está lutando por um título, é a melhor maneira de ganhar experiência e dados".

Ele já testou sete configurações diferentes de motor este ano, diz Rins - a última delas no teste de segunda-feira em Misano:

"A verdade é que não é muito diferente do motor que estamos usando agora. Mas eles querem ir passo a passo e isso é apenas um começo. Para ser honesto, tem sido bastante positivo, a moto parece entrar nas curvas um pouco melhor, que é realmente o que estávamos procurando", continuou Rins.

Os engenheiros da Yamaha também estão trabalhando em um novo motor em uma configuração V4, que difere do motor de quatro cilindros em linha que o fabricante sempre usou na categoria rainha. O projeto está bem avançado, mas o motor ainda não foi usado na pista.

Substituto de Lin Jarvis na Yamaha

Após 26 anos como diretor da Yamaha, Lin Jarvis decidiu se aposentar da categoria. Ele foi responsável por conseguir renovar os contratos de Fabio Quartararo e Álex Rins até 2026, além de assegurar o vínculo de sete anos com a Pramac.

No início de setembro, foi anunciado que Jarvis será substituído por Paolo Pavesio a partir do dia 1° de janeiro de 2025. O mesmo já foi diretor de marketing e esporte a motor da Yamaha Motor Europe, além de ter 11 anos de histórico com a empresa.

Por sua vez, Jarvis começou no cargo que deixa ao fim da temporada em 1999. Sob sua gestão, Yamaha conquistou oito Mundiais de Pilotos, seis títulos de Construtores e sete de Equipes.

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Juliane Ziegengeist
MotoGP
Alex Rins
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