NASCAR: Bubba Wallace explica como tomou conhecimento sobre episódio da corda e comenta repercussão do caso
Em entrevista à CNN, o piloto falou sobre os comentários sobre ele nas redes sociais e elogiou o presidente da NASCAR
Desde o final de semana, um dos assuntos mais comentados no mundo do automobilismo é a corda com laço de enforcamento encontrada na garagem de Bubba Wallace, da NASCAR Cup. Após uma investigação, o FBI informou que não houve um crime federal e que a corda não era uma ameaça ao piloto, porque o objeto já estava no local desde 2019.
No domingo e na segunda, houve muitas manifestações de apoio ao piloto, já que a corda com esse tipo de laço simbolizava os linchamentos que a população negra sofria na era da segregação, durante o século XX.
Nesta terça (23), Bubba foi um dos entrevistados do jornalista Don Lemon, da CNN americana, e falou sobre o impacto da repercussão do assunto, falando sobre as criticas que ele lê nas redes sociais.
"Estou chateado. Estou bravo, porque existem pessoas que estão tentando me testar, a pessoa que sou e minha integridade. Eles não vão roubar isso de mim, mas estão tentando", disse Bubba.
"E, como uma pessoa que não precisa da fama, não precisa do hype, não precisa da mídia, eu poderia me importar menos. Eu poderia prestar menos atenção a isso. Mas, sentar e ler... eu estou lendo muito [as redes sociais], passando muito tempo nisso".
Bubba contou também como que descobriu a história da corda. Segundo o piloto, ele estava no motorhome após o adiamento da prova de saída para jantar com outros pilotos da NASCAR quando recebeu uma ligação do presidente da NASCAR, Steve Phelps, falando que eles precisavam conversar.
O piloto falou que, pelo tom da ligação já sabia que não seria algo bom, mas achou que seria algo totalmente diferente, como uma suspensão por algo que poderia ter dito.
"A minha conversa com Steve, vou falar por ele, mas acho que foi uma das coisas mais difíceis que ele já teve que dizer a alguém. Ele me disse, com lágrimas no rosto, que um crime de ódio havia sido cometido. E imediatamente eu pensei que a minha família estava em perigo".
"Eu estava prestes a ligar para eles, para saber se tudo estava bem. Mas aí ele falou que havia acontecido na garagem, e eu meio que fiquei sem entender".
"O jeito que ele falava, como ele abordou o assunto, mostra o caráter que ele tem, como ele representa o esporte, como ele defende o que é certo, não tolerando o racismo e eu mantenho meu apoio a ele e a NASCAR".
Ontem, após o anúncio do FBI, a NASCAR divulgou um comunicado com mais informações sobre o caso.
“O FBI concluiu sua investigação no Talladega Superspeedway e determinou que Bubba Wallace não foi alvo de crime de ódio. O relatório do FBI conclui e evidências fotográficas confirmam que a corda havia sido posicionada lá no início do outono [norte-americano]".
O comunicado oficial seguiu: "Obviamente, isso foi bem antes da chegada da equipe à garagem. Agradecemos a investigação rápida e completa do FBI e estamos gratos por saber que este não foi um ato racista intencional contra Bubba".
"Permanecemos firmes no compromisso de oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para todos os que gostam de corridas", concluiu a categoria.
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