Moto sem rendimento e acidente tiram Granado da pista em Le Mans
Sempre veloz em todas as condições, brasileiro termina ano com sensação de dever cumprido
Eric Granado encerrou neste domingo (11) a temporada do Mundial de MotoE com um sentimento misto de inquietação e de dever cumprido. Se de um lado o jovem de 24 anos esperava um resultado numericamente mais representativo do que fez na pista, de outro seu trabalho tem sido amplamente reconhecido nos bastidores da motovelocidade.
Granado começou a temporada com uma vitória inquestionável na primeira etapa, em Jerez de La Frontera (Espanha), e depois foi o mais veloz em diversas ocasiões. Mas incidentes e situações fora do seu controle durante as corridas tiraram do jovem da equipe Avintia Esponsorama a chance de brigar pelo título de 2020. Dentro do time espanhol, o brasileiro também foi amplamente dominante, sendo mais eficiente que seu parceiro em todas as vezes em que estiveram na pista nas sete etapas do campeonato.
A sétima etapa, disputada neste domingo, viu a participação de Eric no Mundial ser encerrada prematuramente por fatores fora de seu controle. Largando da sexta posição, Granado brigava pelo quinto posto quando, já na Curva 2, um adversário o obrigou a desviar para evitar uma batida. Eric se viu encurralado por outro piloto que estava muito mais lento e, apesar de frear forte, não teve como evitar o toque que tirou ambos da pista.
Motor sem potência – “Foi uma situação de corrida, ninguém teve culpa, mas foi uma pena por que nossa meta era brigar por mais um pódio. Estou feliz por que ninguém se machucou, isso é o mais importante”, explica Granado. “Mas não seria fácil chegar nesse pódio. Já na largada vi que minha moto continuava com o mesmo problema eletrônico da corrida de ontem, com o motor rendendo bem menos na reta. Por isso minha largada não foi mais forte, o que poderia ter mudado toda essa situação. Mas tudo bem, faz parte, a equipe fez um bom trabalho até aqui e isso não tira o mérito do que foi conquistado até essa prova”, conclui.
Granado agora tem pela frente as etapas finais da Superbike Brasil, principal categoria da motovelocidade nacional, na qual é o atual líder da pontuação e tenta o tetracampeonato. “O importante é que fizemos o que foi possível neste Mundial. Minha sensação é de dever cumprido, colocamos o que tínhamos de melhor na pista e as pessoas do Mundial e da motovelocidade de uma forma geral estão reconhecendo, o que me deixa feliz”, pondera o jovem brasileiro. “Agora meu foco tem que se voltar para os próximos desafios. Sempre que estiver na pista, farei o meu melhor”, completa.
A prova deste domingo foi vencida pelo finlandês Niki Tuuli, da equipe Avant Ajo MotoE. Com o resultado, o espanhol Jordi Torres (equipe Pons Racing), que chegou em sexto na prova, sagrou-se campeão. Eric finalizou na sétima posição, com o mesmo número de vitórias que o novo campeão, mas um desempenho nos classificatórios muito superior.
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