Aos 76 anos, vovô do Dakar quer pilotar até os 100
Yosimasha Sugawara disputa seu 35º Dakar neste 2018 depois de estrear em 1983 e aos 76 ele é o concorrente mais velho da corrida. Seu objetivo é continuar até 100 anos
O japonês Yosimasha Sugawara disputa seu 35º Dakar. Sua primeira participação foi em 1983, com uma moto Honda XLR 400. Já aos 41 anos, o nativo de Otaru não conseguiu completar a corrida, também não chegou ao fim na edição seguinte.
Apesar de todos seus anos viajando pela África e América do Sul, Segawara precisa de sua neta, uma jovem japonesa, para traduzir as perguntas do inglês para a língua. A troca de frases é complicada, entre risos, dúvidas e da sempre educada cordialidade.
"Meu primeiro Dakar foi difícil porque eu corri em uma moto. A navegação foi supercomplicada e estar sozinho, sem ninguém, foi uma experiência muito intensa. Eu não sabia como tudo funcionava", diz o piloto japonês. "Estou aqui porque a Hino Motors me disse que este seria meu 35º Dakar e é um ano importante. Então é por isso que queria estar aqui, competindo e carregando sua marca".
Depois de sua mudança para os carros, onde conseguiu seu melhor resultado (22º) na edição de 1991, a primeira vitória de Stephane Peterhansel com a Yamaha e a vitória de Vatanen com o Citroen.
Desde 1992, ele corre nos caminhões e conseguiu seis vezes ser vice-campeão na categoria. Suas façanhas estão no Livro dos Recordes como piloto que mais vezes completou o Dakar de forma consecutiva (20, de 1989 a 2009).
"Eu não me sinto velho, nem estou ciente de ter participado por tanto tempo no Dakar", disse o japonês ao Motorsport.com no parque de apoio de Pisco. "Estou muito satisfeito por ter estado nessas 35 edições. É uma grande conquista".
Foi 27º um ano atrás em Buenos Aires e nesta lendária 40ª edição do Dakar, ele quer melhorar essa posição com seu caminhão HINO 500, fabricado pelos japoneses da Hino Motors, fabricante japonesa de carros industriais e motores a diesel.
Sua primeira participação no caminhão foi no Paris-Cidade do Cabo de 1992 e os japoneses terminaram em 32º do geral, segundo de sua categoria.
Segawara, que se alimenta de arroz cozido, que goza de plena saúde e um sorriso atraente e treina em uma moto todas as semanas, deixa claro que continuará correndo por muitos anos, desde que ele possa pilotar mesmo nos deslocamentos "coisa que outros pilotos deixam para seus navegadores".
"O presidente da Hino Motors me disse que, até que não tenha 100 anos, não posso parar de correr", diz, entre risos, o vovô do Dakar.
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