Dakar: Medeiros finaliza maratona em terceiro entre os Quadriciclos
Na segunda perna da maratona, adotou pilotagem mais cautelosa e segura para chegar inteiro na linha de chegada devido ao alto grau de dificuldade
Marcelo Medeiros resolveu usar de estratégia e optou por uma pilotagem mais cautelosa devido ao grau de dificuldade da segunda perna da maratona do 46º Dakar, entre Al Salamiya e Al Hofuf, disputada nesta terça-feira (09) e também às não tão boas condições de seu equipamento.
O maranhense e seu Yamaha Raptor #177 finalizaram o percurso de 299 quilômetros do trecho em 3h45m42s, o terceiro melhor do dia entre os quadriciclos. Com o resultado, o piloto da Tag Racing mantém o terceiro tempo na classificação acumulada da categoria, com 22h15m55.
O trecho final da maratona reservou novos desafios aos competidores do Dakar 2024. Apesar de mais curta em relação às anteriores, o grau de exigência de pilotagem se manteve durante toda a especial. Na longa jornada até Al Hofuf, os pilotos passaram por pisos duros e pedregosos, trechos com muita areia fina e areiões, e nos quilômetros finais uma cadeia de dunas. E, dentro desse percurso, embora propício a uma maior aceleração um grande quebra-cabeça na navegação.
“Tivemos apenas duas horas para recuperar e revisar o quadriciclo no parque fechado e o tempo foi pouco para checar tudo. E o terreno de hoje foi um pouco complicado e resolvi não arriscar. Amanhã teremos um longo deslocamento e será uma especial curta antes do desafio inédito de 48 horas e quero estar seguro, bem e inteiro para completar a peleja com um bom posicionamento e, quem sabe, recuperar o tempo e conquistar novamente a liderança”, declara o maranhense que também busca valiosos pontos para o ranking da FIM.
A quinta etapa, nesta quarta-feira (10) parece aparentemente fácil, mas existem alguns perigos escondidos. Por um lado o percurso de deslocamento muito extenso até Shubaytah (cerca de 547km) pode desgastar a energia dos competidores e comprometendo seu desempenho.
Por outro um mar de dunas no trecho que contorna o chamado “Bloco Vazio”, no qual cada quilômetro pode custar o dobro ou o triplo ao transpor o percurso, despencando a velocidade média. O que significa que apenas alguns competidores conseguirão chegar ao acampamento em Shubaytah antes do pôr do sol.
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