Análise: F1 busca mudanças, mas não com reabastecimento
Grupo de Estratégia e a Comissão da F1 se reunirão nesta semana e, para a surpresa de muitos, a questão do reabastecimento está de volta à agenda. Mas Jonathan Noble explica por que este padrão está pronto para ser rejeitado.
As equipes de Fórmula 1 estão quase decididas a rejeitar a mais recente tentativa de resgatar o reabastecimento em reuniões a serem realizadas no início desta semana, mas ainda há esperanças de que outras mudanças para melhorar o espetáculo ganhem terreno.
Embora o plano para ter reabastecimento nas corridas de 2017 tenha sido rejeitado no ano passado, houve alguma surpresa quando se revelou que a ideia estaria novamente em pauta na reunião do Grupo de Estratégia da Fórmula 1.
Não será impossível para o esporte colocar a sugestão e ratificá-la na Comissão da Fórmula 1 na terça-feira.
No entanto, com as equipes já tendo claro que o reabastecimento é ruim para os custos, não melhora a segurança e, talvez o pior de tudo para os fãs, não ajudariam a melhorar a competitividade, há pouco espaço para receber a aprovação necessária para seguir o processo neste momento.
Manter o foco
A ideia de reabastecimento pode servir para algo, porque pelo menos ela vai concentrar as mentes sobre o que a Fórmula 1 está buscando nos próximos anos em sua tentativa de recuperar a audiência.
Fazer com que todos concordem com algo que eles não querem é talvez a melhor maneira para as pessoas trabalharem na introdução de coisas que ajudarão a Fórmula 1.
A maioria do Grupo de Estratégia, que poderia então fluir para a reunião da Comissão de F1 na terça-feira, é a favor de chegar a regras que façam a Fórmula 1 mais popular novamente em meio a preocupações de que perdeu muito de sua emoção.
Entre as discussões por áreas-chave, tais como chassis 2017 e o futuro dos motores e dos contratos de fornecimento, outras conversas igualmente importantes estão prontas para serem implementadas.
Depois de duas temporadas dominadas pela Mercedes, há preocupações de que a Fórmula 1 necessite de maior imprevisibilidade, de preferência por meio de regras que tornem as corridas mais emocionantes em vez da introdução de elementos artificiais que falsamente agradem a todos.
Uma das maneiras que isto pode ser feito é mudar o formato do fim de semana de corrida, onde talvez haja mais chances para introduzir o elemento de "risco" que pode ser usado para embolar o grid.
Não é preciso ser um gênio para perceber que uma das corridas mais emocionantes da temporada passada - o Grand Prix Estados Unidos em Austin - foi ajudado pelo fato de as equipes terem chegado ao domingo com muito pouco tempo em pista e sem muita informação sobre as estratégias de pneus.
Esse tipo de incerteza é algo que beneficiaria F1, e talvez por isso as negociações sobre o formato do fim de semana de corrida fazem parte da agenda do Grupo de Estratégia.
Talvez a Fórmula 1 já tenha mais incertezas em 2016 com as novas regras de pneus, mas mais mudanças para 2017 - agora que não se espera que os carros sejam dramaticamente diferentes como originalmente se pensava - seria bem-vindas, sem dúvida.
Ouvindo os fãs
O que as duas últimas temporadas têm mostrado é que a Fórmula 1 também deve ouvir mais os fãs, e o esporte tem de ser mais pró-ativo em promover ações para eles.
Uma das principais críticas que surgiram com as novas regras é o som do motor turbo.
A reação, e uma aceitação de que o barulho foi um problema, já levou a mudanças para este ano, com novos regulamentos de escapamento que procuram criar uma nítida mudança a esse respeito.
No entanto, as equipes estão prontas para discutir a longo prazo, o que poderia trazer o som dos carros de volta para os níveis experimentados antes dos motores V8. Isso, pelo menos, serviria para manter os fãs felizes.
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